1. Bolo Moscou
Muitas cidades mundo afora têm seu próprio bolo típico, mas Moscou não tinha um até 2015. Esta delícia vermelha brilhante com um pequeno desenho de chocolate branco de Iúri Dolgorúki, o fundador da cidade, pode ser comprada para consumo próprio ou presente. Apesar de a receita ser nova, o Bolo Moscou tem um sabor familiar para quem conhece as sobremesas soviéticas, graças ao leite condensado, às avelãs e ao merengue.
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2. Café Raf
Uma bebida relativamente nova criada em Moscou, o café Raf pode ser comprado pela Rússia afora, assim como um americano ou um café expresso. No final dos anos 1990, um habitué de uma cafeteria na ponte Kuznétski chamado Rafael Timerbáiev experimentou todos os cafés do menu – e não gostou absurdamente de nenhuma delas.
Mas quando o barista adicionou creme e açúcar com sabor de baunilha a um café expresso, seus olhos se iluminaram. A receita inspirada em Raf começou a ser pedida por seus amigos no local e depois por outros clientes. Com o tempo, a bebida passou a ser conhecida simplesmente como "café Raf" e surgiram outras opções - com laranja, canela, lavanda, mel e até bebidas alcoolicas.
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3. Ptíchie molokô (“Bolo de leite de pássaro”)
Os doces aerados começaram a ser fabricados na Polônia em 1936. Em 1967, eles foram testados pelo ministro da Alimentação soviético, que ordenou que os confeiteiros da URSS desenvolvessem sua própria receita.
No ano seguinte, um lote experimental de bolos “Ptíchie molokô” feitos com ágar-ágar (no lugar da gelatina) entrou para a linha de produção. Cerca de uma década depois, os confeiteiros do lendário restaurante Praga, em Moscou, criaram uma versão suflê aerado, enriquecida com chocolate e decorada com um pássaro também feito de chocolate. Este foi o primeiro bolo patenteado da URSS.
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4. Salada Stolítchni (“da capital”) e Salada Moskóvski (“de Moscou”)
Ambas estas saladas são releituras da lendária salada Olivier (ou melhor, a “salada russa”, como é conhecida na Europa e nos Estados Unidos). A salada Stolítchni surgiu pela primeira vez em 1939, quando o caldo de tetraz da receita original da Olivier foi substituído por frango; as alcaparras, por ervilhas; e os lagostins cozidos, por cenouras.
Nos anos 1960, a linguiça de Bolonha foi substituída por frango, resultando na salada Moskóvski. Uma receita levemente modificada desta salada foi apresentada em um livro de receitas soviético de 1962 que recomendava o uso do peru no lugar do frango ou salsicha, recomendando colocar a salada sobre pepinos frescos e decorá-la com caviar vermelho.
5. Moskóvski rassólnik (Sopa de picles)
Muitas vezes, o rassôlnik evoca imagens de sopa cozida em caldo de carne com pepinos em conserva e cevadinha (assim era feito em Leningrado, atual São Petersburgo). O rassólnik moscovita rival daquele também é cozido com pepinos em conserva, mas em caldo de galinha com miúdos e rins. Para conferir mais espessura, ele também leva uma mistura de ovos e leite.
Existe também a versão com peixe, que leva esturjão fresco e/ou beluga. Nada a ver com coisa nenhuma que se encontre em cantinas.
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6. Kalatch
A primeira menção ao kalatch surge em documentos do século 12 da cidade de Murom, na região de Vladímir (280 quilômetros a leste de Moscou), de onde se difundiu a receita.
Em Moscou, os pães kalatch eram vendidos na famosa padaria Filíppov. O kalatch moscovita "com as mangas" era consumido nas ruas, com as mãos sujas (a maior parte era consumida e a parte da "manga" era descartada).
A massa do kalatch era então congelada, o que permitia sua distribuição por todo o país e além-fronteiras. Era preciso apenas deixá-los descongelarem em uma toalha quente, após o que eles eram ser servidos com o mesmo sabor dos frescos.
Receitas de outros tipos de pães russos aqui!
7. Saika Filíppov (Pão com Passas)
A receita da saika Filíppov surgiu em meados do século 19. Reza a lenda que todas as manhãs, as saikas da padaria Filíppov eram entregues no escritório do governador geral de Moscou. Um dia, uma barata foi parar em um dos pães. Para esconder o ocorrido, o padeiro explicou que era uma nova receita... com passas! O resto é história culinária!
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