"Turbilhão", de Filípp Maliávin. 1906
O impressionista Maliavin materializou a energia da dança. A dança que ele reproduz de mulheres simples em sarafans muito coloridos ocupa todo o espaço da tela, como se estivesse prestes a pular para fora.
"Diante da Fonte”, de Kuzmá Petrov-Vódkin. 1906
O autor de "O banho do cavalo vermelho" também era fascinado pela magia da dança folclórica e da dança em geral. "Diante da Fonte" é uma tela de pequenas dimensões que representa meninas dançarinas em seu já detectável estilo: cores aquosas, texturas translúcidas e leveza.
"Dança de roda (Khorovod)", de Natália Gontcharova. 1910
Uma das figuras-chave da vanguarda russa, Natália Gontcharova retratou a cultura popular russa pelo prisma do início do século 20.
"Dança entre espadas ", de Guenrikh Semiradski. 1881
O antigo tema inventado pelo artista foi inspirado em uma viagem a Roma. Pintada no espírito do academismo tardio, a dança entre as espadas foi recebida por alguns críticos e especialmente pelos Itinerantes no final do século 19 como uma "erva daninha" da arte que deveria ser eliminada. Mas uma versão menor deste quadro tornou-se a mais cara pintura do artista: em 2011, o leilão da Sotheby's o vendeu por 2 milhões e 98 mil dólares.
“Balé Antigo”, de Konstantin Somov. 1923
Na Rússia pré-revolucionária, o balé encarnava todo o brilho e poder do império, e era um dos principais bens da corte russa. A trama da apresentação que Somov retratou provém da “Divina Comédia”, de Dante, sobre o trágico amor entre Francesca da Rimini e o irmão de seu marido. Após fazer sucesso em Nova York, o quadro foi vendido em leilão, em 1926, e foi considerado perdido por mais de um século, até ressurgir em leilão, em 2020.
“Dança de roda (khorovod) no campo”, Aleksêi Savrassov. 1873-1874
A dança sacra dos eslavos orientais era a dança de roda e era realizada pela aldeia toda em qualquer ocasião - casamentos, noivados, pedidos de chuva, início e fim da colheita etc. Savrassov, que glorificou o campo russo, não poderia deixar de reproduzir essa temática.
"Polca Argentina", de Kazimír Maliêvitch. 1911
A polca rápida e animada era, no início, dançada apenas pela sociedade aristocrática. Depois, a polca, assim como o kadril, disseminou-se entre o povo, tornando-se quase mais russa das danças. Maliêvitch retratou a polca “folclórica” no próprio estilo do povo - na imitação da arte folclórica.
"Pliaska (dança popular)”, Mikhaíl Volódin
Volódin era membro dedicado do Partido Comunista da União Soviética, por isso, reinstalou seu tema favorito, a dança popular russa, para um lugar mais característico da década do pós-guerra, ou seja, um canteiro de obras socialista e seus trabalhadores.
"Camarim de balé. Flocos de neve", de Zinaída Serebriakova. 1923
Serebriakova criou toda uma série de pinturas sobre os bastidores do balé, concentrando-se não na dança em si, mas na atmosfera festiva e excitante dos camarins de balé. O estilo “paparazzi”, documentário, é sua técnica favorita.
"Tsarina-sapo”, Víktor Vasnetsov. 1918
Víktor Vasnetsov é conhecido na Rússia como o maior ilustrador dos contos de fadas russos — e os contos de fadas russos em si são conhecidos no país exatamente como Vasnetsov os retratou. Ele retratou a Tsarina-Sapo no momento em que ela deixa de ser anfíbio, recuperava sua aparência original e dançava em um banquete.
"Dança Provinciana”, de Konstantin Korôvin. 1936
Na década de 1930, Korôvin pintou, como lembrava sua memória, as paisagens rurais russas — pois estava fora do país em exílio. Seus sentimentos nostálgicos o levaram a pintar uma série inteira sobre a natureza russa, troicas, festivais e, é claro, danças provincianas.
"Pliaska (dança popular)", Fiódor Sitchkov. 1911
Dançar na Máslenitsa, festival eslavo que celebra o fim do inverno, era tão necessário quanto comer panquecas e queimar um boneco de palha nesse feriado!
"Baile do mercador ", Ivan Kulikov. 1899
Os bailes de comerciantes eram extremamente populares no século 19. Em contraste com os famosos bailes aristocráticos na Rússia tsarista, que só podiam ser frequentados pela nobreza, os bailes da classe mercante eram gerais: os comerciantes frequentavam por uma contribuição fixa de comerciante, e todos os outros podiam entrar pagando um ingresso mais caro. Por isso, os bailes dos comerciantes atraíam um público variado — desde a boemia cultural até oficiais ricos e estrangeiros — e eram considerados muito mais divertidos!
"Dança Russa", Borís Smotrov. 2003
Borís Smotrov enfatizou temas nacionais, aproveitando-se do estilo dos “luboks”. Sua pintura "sem profundidade" se assemelha a uma colcha de retalhos de cores vivas.
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