1. Após a Revolução de 1917, a Rússia se viu dividida pela Guerra Civil. Em 1921, o confronto estava enfim perto de terminar. No entanto, ainda aconteciam confrontos em diferentes partes do país. Uma das últimas tentativas de lutar contra os bolcheviques foi a rebelião de Kronstadt de 1921, brutalmente reprimida após vários dias de cerco.
2. A principal figura no país era Vladímir Lênin. Além de participar de intermináveis reuniões e conferências partidárias, ele fazia discursos por todo o país.
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3. A propaganda era a principal arma dos soviéticos. As autoridades lançaram os chamados “agitprops”, que percorriam todo o país ensinando as pessoas sobre como a Revolução e o novo regime eram bons. Os “agitprops”, tinham até tipografia própria e artistas. A inscrição no trem abaixo diz: “Viva o fogo da revolução mundial!”
4. Os bolcheviques lutaram pelos direitos das mulheres, incluindo o direito de voto – no qual a União Soviética se tornou um dos primeiros países do mundo. As mulheres eram um público importante para os soviéticos e, entre as conferências, foi organizado um encontro internacional de mulheres comunistas. Eis algumas participantes na Praça Vermelha.
5. Aleksandra Kollontai foi considerada um símbolo feminino da Revolução. Era membro do Partido Comunista Bolchevique e responsável pela educação das mulheres em todo o país. Lutou por sindicatos para o proletariado. Em 1922, tornou-se uma das primeiras diplomatas do mundo e representou a nova nação soviética nos países escandinavos e no México.
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6. O progresso tecnológico seguia ritmo acelerado. A Rússia soviética começou a desenvolver seu poderio militar, prejudicado pela Primeira Guerra Mundial e Guerra Civil. A primeira escola de aviação foi inaugurada na cidade de Iegorievsk, na região de Riazan.
7. Os soviéticos perceberam os benefícios do progresso tecnológico. Tentavam fornecer eletricidade para todo o país e desenvolver novos horizontes, como suas forças aéreas. Restauraram o famoso dirigível da Primeira Guerra Mundial ‘Astra’ e o renomearam como ‘Estrela Vermelha’. A máquina voadora gigante completou seis voos antes de cair.
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8. Ao mesmo tempo, a guerra, a política dura dos bolcheviques e a apreensão de alimentos, além da colheita fraca, causaram fome em massa na Rússia. A chamada “fome de Povoljie” (ou fome russa de 1921-22) ceifou a vida de milhões de pessoas.
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9. Após a Revolução, a capital voltou a ser Moscou, considerada a “cidade vermelha”, e o governo se estabeleceu no Kremlin. As carroças do Exército Vermelho passariam pela Praça Vermelha fornecendo mercadorias e garantindo a defesa das novas autoridades.
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10. Moscou se tornou centro internacional do comunismo e da luta pela revolução mundial. O verão de 1921 foi marcado pelo 3º Congresso Mundial do Comintern, que contou com a presença de partidos comunistas de mais de 50 países.
11. Depois de mudar a capital para Moscou, os bolcheviques começaram a revitalizar a cidade velha – e uma das decisões mais importantes de 1921 foi reconstruir o Teatro Bolshoi, que estava em mau estado, já que os teatros imperiais de São Petersburgo eram mais preservados. Esta foi uma nova era para o Bolshoi, que se tornou o mais famoso dos teatros da Rússia – e um dos mais famosos do mundo, como é até hoje.
12. Petrogrado (atual São Petersburgo) ficou seriamente danificada pela Revolução e confrontos de rua subsequentes. A cidade estava um caos, as pessoas sofriam com motins e saques, bem como fome e frio. Casas de madeira eram desmontadas para fornecer lenha.
13. Petrogrado foi salva pela nova política econômica implementada em 1921, que permitia o pequeno comércio. Em 1921, os soldados do Exército Vermelho foram, aos poucos, voltando da guerra para Petrogrado e reestabelecendo a ordem local.
14. O novo poder soviético apoiava a arte de vanguarda, que rejeitava todas as formas e gêneros antigos e clássicos. Nas primeiras exposições, foram apresentados jovens artistas como, por exemplo, o lendário Aleksandr Ródtchenko.
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15. Para tornar a nova arte mais acessível para os proletários, os soviéticos lançaram a série de porcelana de agitação. Pratos, canecas e estatuetas, com logotipos soviéticos, foram projetados pelos melhores jovens artistas de vanguarda. A foto abaixo retrata Lênin e sua famosa frase “Quem não trabalha, também não come”.
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