Bahia e Maranhão entregam novos documentos à Anvisa para importação da Sputnik V

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Segundo autoridades do Nordeste, a papelada era a última que faltava das exigidas pela agência. "Esperamos a aprovação imediata", declarou o governador baiano.

Os estados do Maranhão e Bahia entregaram na última sexta-feira (21) à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) os documentos que faltavam para a importação da vacina russa Sputnik V, de acordo com nota divulgada no site da reguladora.

A documentação adicional será considerada como parte do pedido de importação da vacina russa pelos estados da Bahia, Maranhão, Ceará, Sergipe e Pernambuco. Outra solicitação semelhante já havia sido enviada pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil.

Segundo o presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias, que é governador do Piauí, os novos documentos comprovam que a vacina russa preenche os requisitos internacionais de segurança, eficácia na imunização e qualidade, confirmados também por cientistas brasileiros. "Esperamos que o órgão de vigilância sanitária brasileiro cumpra a Lei 14.124/21, que autoriza a importação excepcional de imunizantes já aprovados em outros países e dê seu parecer favorável para o uso da vacina Sputnik V no Brasil”, declarou Dias. 

Já o governador da Bahia, Rui Costa, destacou a urgência da vacinação no Brasil como medida de controle da pandemia. "Esperamos a aprovação imediata da Sputnik V", disse. 

No último dia 26 de março, a Anvisa proibiu a importação e uso da vacina russa Sputnik V no país, após decisão aprovada por unanimidade pelos membros do conselho diretivo.

Segundo os técnicos brasileiros, além da ausência de dados para a análise do pedido de uso emergencial, os documentos recebidos e a visita a instalações de produção na Rússia dariam margem a dúvidas sobre aspectos do imunizante e de seus respectivos estudos.

“Um dos fatores críticos (...) é que a vacina contém adenovírus, que é capaz de se reproduzir”, disse, na época, o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes Lima Santos.

A expectativa em torno da decisão era grande, uma vez que milhões de doses já haviam sido acertadas por municípios, Estados e pelo próprio governo federal com o intuito de acelerar a campanha nacional de vacinação e reduzir o alarmante número de mortes por covid no país.

Após as declarações da Anvisa, o Instituto Gamaleya, que desenvolveu a Sputnik V, chegou a divulgar uma nota para esclarecer o que chamou de “campanha de desinformação”.

Desde então, os ministérios da Saúde e das Relações Exteriores do Brasil também divulgaram uma nota à imprensa reforçando o apoio à continuidade do diálogo para o registro da vacina russa contra o coronavírus Sputnik V.

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