A Rússia é o maior país do mundo: com 17,1 milhões de quilômetros quadrados, sua área é quase o dobro da do Canadá – em segundo lugar, com 9,99 milhões. Porém, há vários outros recordes geográficos e de engenharia em seu currículo.
1. A ferrovia mais longa
A Transiberiana conecta Moscou a Vladivostok, no extremo oriente do país, e é considerada a ferrovia mais longa do mundo, medindo cerca de 9.288 quilômetros de comprimento. Sua construção demorou décadas, de 1891 a 1916, e permitiu com que as pessoas alcançassem territórios antes inacessíveis e desabitados. No entanto, naquela época, os construtores tiveram que trabalhar com ferramentas primitivas e precárias. Atualmente, para fazer o trajeto Moscou-Vladivostok são necessários seis dias e duas horas. Esta rota é muito popular entre os turistas – tanto que existe até um trem especial para eles curtirem o passeio no maior estilo: o Imperial Russia, que faz longas paradas em cidades dos Urais e da Sibéria para apreciar a vista.
2. O lago mais profundo
O Lago Baikal, na Sibéria, é uma das maravilhas naturais do país, assim como do mundo todo. É o maior reservatório de água doce e responde por quase um quinto da água doce de superfície do planeta. É também o lago mais profundo, atingindo 1,6 quilômetros de profundidade em alguns pontos. O lago também contém 2.500 espécies de plantas e animais, sendo muitos delas endêmicas – como a foca-do-Baikal e subespécies de esturjão e omul. Além de sua natureza, o Baikal é lar espiritual para os xamãs locais, que realizam rituais e conversam com espíritos ancestrais.
3. A maior cidade do mundo além do Círculo Polar Ártico
A última cidade fundada durante o Império Russo foi Murmansk, em 1916. Ainda é considerada a maior cidade além do Círculo Polar Ártico.
Em 2020, a população era de quase 289 mil habitantes. A sede da Frota do Norte – a Marinha ártica da Rússia – fica localizada ali. Cabe lembrar que as águas em torno do porto nunca congelam, graças à corrente de águas quentes do Atlântico Norte.
4. A cidade mais fria do mundo
Na verdade, a Rússia ocupa o primeiro e o segundo lugar nesta categoria. O título é disputado entre Verkhoiansk e Oimiakon – pequenas cidades no norte da Iakútia. Esta região russa é famosa por seu clima frio (-40ºC é uma ocorrência comum), mas as temperaturas em ambas as cidades já caíram até -67,7°C. Apesar do frio intenso, as pessoas continuam morando lá – continuam indo ao trabalho, seus filhos vão à escola e toda a população encontra meios de se divertir.
Os turistas costumam visitar a região para tirar fotos na frente da estela congelada “Polo Frio”, ou para realizar o truque fotográfico de fogos de artifício com água fria.
5. A ponte de metrô mais longa do mundo
Novosibirsk, a maior cidade da Sibéria, tem a ponte de metrô mais longa do mundo, que atravessa o rio Ob, ligando as estações Studencheskaya e Rechnoy Vokzal.
A ponte, que foi inaugurada em 1986, tem nada 2.145 metros de comprimento (dos quais 896 metros estão suspensos sobre a água).
6. A maior área florestal do mundo
A taiga siberiana é considerada a maior do planeta, com uma área estimada de mais de 7 milhões de quilômetros quadrados. Esta floresta abrange diferentes zonas climáticas; uma contendo principalmente cedros, pinheiros e abetos, e a outra, pinheiro-larício. Muitos animais na Sibéria nunca viram um ser humano sequer – simplesmente porque as pessoas jamais se aventuraram tão longe (ainda).
7. O poço mais profundo do mundo
O Poço Superprofundo de Kola está situado na região de Murmansk e foi usado para mineração entre 1970 e 1990. Os geólogos soviéticos tentaram estudar a crosta terrestre dessa maneira, mas, devido a dificuldades técnicas (e a divisão da URSS), o trabalho teve que ser suspenso... a uma profundidade de 12.262 metros. O trabalho era estritamente secreto naquela época, de modo que o primeiro geólogo internacional ouviu falar dele apenas na década de 1980, em um congresso geológico em Moscou. Em 1997, o poço de Kola entrou no livro dos recordes “Guinness” como o ponto mais profundo construído pelo homem na crosta terrestre. Hoje, a estrutura está abandonada, mas as propostas de transformá-lo em atração turística nunca cessaram.