Na última terça-feira (16 de junho), o NBD (Novo Banco de Desenvolvimento do Brics) emitiu seus primeiros títulos de crédito no mercado internacional, no valor de US$ 1,5 bilhão. As obrigações foram emitidas pelo programa de assistência emergencial aos países-membros do grupo na luta contra a propagação do coronavírus, segundo comunicado da instituição financeira.
"As receitas líquidas da emissão de títulos serão utilizadas para financiar as atividades de desenvolvimento sustentável dos países-membros do NBD, entre elas, empréstimos emergenciais. Esses empréstimos poderão ser utilizados para financiar diretamente os custos associados ao combate à covid-19 ou para apoiar os governos dos países-membros da NBD na recuperação econômica", lê-se no comunicado do banco.
A taxa de juros do títulos é de 0,625%. Segundo o NBD, a emissão recebeu qualitativo apoio de investidores com a participação ativa de bancos centrais e de instituições oficiais do Brics, que receberão até 75% do valor total dos recursos alocados.
Segundo o vice-presidente do NBD, Leslie Maasdorp, essa colocação de títulos no mercado é de importância estratégica para os Estados-membros do banco. "Estamos satisfeitos com o retorno extremamente positivo dos investidores e com a carteira de encomendas de alta qualidade para os nossos primeiros títulos nos mercados internacionais pelo programa contra o coronavírus", disse Maasdorp.
O Novo Banco de Desenvolvimento do Brics está expandindo ativamente seu programa de assistência emergencial aos países-membros para combater a propagação da pandemia. Em março deste ano, o Conselho de Administração do NBD aprovou um empréstimo de 7 bilhões de yuans (cerca de US$ 1 bilhão) para a China para combater a covid-19.
No início de maio, a Índia também recebeu US$ 1 bilhão para o mesmo fim. O vice-presidente do banco, Vladímir Kazbekov, disse à agência de notícias russa Tass que o banco pretende oferecer empréstimos semelhantes a outros países-membros do NBD, entre eles, a Rússia e o Brasil.
No início de abril, o NBD também emitiu títulos de 3 anos no mercado interbancário chinês no valor de 5 bilhões de yuans (cerca de US$ 704,2 milhões) para financiar o programa de empréstimos à China para combater o surto de coronavírus.
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