Dexametasona não é a cura para a covid-19, alerta presidente da Academia Russa de Ciências

Reuters
Organização Mundial de Saúde classificou os resultados dos ensaios clínicos Recovery, do Reino Unido, como um “grande avanço” científico.

O corticoide dexametasona, que vem sendo usado por médicos do Reino Unido no tratamento de covid-19, “não é um avanço no tratamento do novo coronavírus, a panaceia do medicamento para essa infecção ainda não foi criada”, disse Aleksandr Sergueiev, presidente da Academia Russa de Ciências (RAS), à agência TASS.

“A estimativa prática da eficácia dessa droga deve ser realizada primeiro por nossos médicos, mas já está claro que esse medicamento não provém melhora radical. Além disso, é usado no estágio mais avançado da doença, quando um paciente já está conectado à um ventilador. É por isso que a dexametasona não é uma panaceia. A humanidade ainda está à procura do remédio para o coronavírus’, declarou.

Segundo Sergueiev, a pior característica do coronavírus é a falta de controle sobre a transição da doença para sua forma mais grave.

“Do que você e eu temos medo em relação ao coronavírus? Nós entendemos que a transição da doença para seu estágio grave não está realmente sob o nosso controle, o que não é o caso de doenças bacterianas e outras virais. Por exemplo, tomamos antibióticos contra bactérias. doenças pulmonares. Não existe esse remédio para o coronavírus, ainda estamos procurando a panaceia”, acrescentou o presidente da RAS.

A Organização Mundial de Saúde qualificou os resultados da pesquisa clínica, conduzida por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, como um “grande avanço” científico. Segundo a pesquisa, o uso de dexametasona reduz a letalidade em pacientes com estado mais grave de covid-19.

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