Sibéria teria sido berço da domesticação de cachorros, segundo publicação científica dos EUA

Komsomolskaya Pravda/Global Look Press
Cães teriam migrado juntamente com humanos pelo estreito de Bering.

Enquanto no passado diferentes partes do mundo disputavam o título de lar original dos cães – incluindo Europa, Altai, Nepal e Oriente Médio –, os pesquisadores estão cada vez mais inclinados à conclusão de que o quadrúpede fiel foi domesticado pelo homem no território da Sibéria moderna. Pelo menos é o que sugere um estudo recente publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, a publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

As conclusões foram feitas após análise do genoma dos espécimes mais antigos da América. Os animais teriam acompanhado os primeiros índios americanos, cuja origem está hoje associada à Sibéria, quando eles cruzaram o estreito de Bering, que separa a Tchukotka russa do Alasca, há cerca de 16.400 anos. Sua evolução e diferenciação genética teriam ocorrido paralelamente às dos humanos, ao estarem isolados e dispersos por todo território americano.

“Mais importante ainda, isso sugere que os cães foram domesticados na Sibéria há quase 23.000 anos, provavelmente quando humanos e lobos se isolaram durante o clima severo da última era glacial”, sugere a publicação, contradizendo a opinião de diversos pesquisadores que defendem a ideia de um processo de domesticação posterior a esse período.

Apesar das descobertas avançadas, mais estudos do genoma de cães de outras partes do mundo ainda são necessários para sustentar firmemente a nova hipótese.

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