Expedição registra chegada da primavera ao Círculo Polar Ártico; confira fotos

Imagens revelam natureza única que floresce na distante península de Kola.

Os Montes Khibini são uma pequena formação montanhosa na região central da península de Kola, dentro do Círculo Polar Ártico. Essa área toda é única devido a seu relevo e formação geológica. Ali foi descoberto, por exemplo, o maior número de plantas exóticas de toda a região de Murmansk. Os arbustos de bétulas, musgos e liquens são abundantes nos vales entre as montanhas.

As cidades mais próximas se encontram na base dos montes: Apatiti (a 1.715 km de Moscou, é a quinta cidade mais populosa do Ártico russo) e Kirovsk.

Os Montes Khibini da península de Kola são relativamente jovens, com apenas 350 milhões anos. Também são relativamente pequenos, embora cresçam alguns milímetros por ano; seu ponto mais alto, Yudichvumchorr, tem 1.200 m de altitude.

Sabe-se que, na época em que os Montes Khibini foram explorados, os sami (povos indígenas da península de Kola), seguiam para a área apenas no verão. Reza  uma lenda local que o espírito maligno de Khibini castigava aqueles que invadiam seus domínios. Foi assim que os sami retrataram de forma poética as perigosas avalanches, que ainda hoje são recorrentes nessas montanhas.

O mineralogista Aleksandr Fersman liderou a exploração a Khibini. Fersman era geólogo da expedição de comércio científico do norte que partiu rumo à península de Kola em março de 1920.

O especialista estava interessado nos minerais encontrados no sopé da montanha, pois nunca tinha visto algo parecido. Esses minerais foram chamados de “khibinitas”.

Durante os meses de verão, alpinistas e entusiastas de trilhas visitam Khibini. No entanto, o verão no Ártico é curto e bem frio; a temperatura gira em torno de 13ºC.

Depois que descobriu-se apatita nos Montes Khibini – mais especificamente, a maior reserva de apatita do mundo –, o progresso chegou à península de Kola. A cidade de Khibingorsk surgiu junto com as minas. Pouco depois, além das minas, foi instalado um concentrador onde os minerais eram processados.

Muitas das plantas que crescem no maciço de Khibini têm uso prático.

Do final de julho ao início de setembro, é possível colher uma grande quantidade de frutas silvestres, como oxicoco e mirtilo.

Um cinturão de coníferas e uma floresta mista circundam a base do vale no sopé dos montes, que não se erguem mais do que 470 metros acima do nível do mar. O cinturão arborizado cobre quase um terço do maciço. As florestas de abetos e bétulas são as mais características dos Montes Khibini.

A flora de Khibini é seu maior tesouro. No território explorado encontrou-se um grande número de espécies do Livro Vermelho russo com as espécies ameaçadas de extinção. Mais da metade de todas as espécies conhecidas na região crescem ali.

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