Gosta de bagel? Sim, aquele pão redondo, massudinho e com furo no meio. Agora Imagine saborear um deles, mas um pouco mais adocicado e denso – os tradicionais bubliki. Por décadas, o alimento foi visto como autêntico item da pastelaria eslava. Mas sabe-se que foram os judeus que introduziram a receita original de bagel.
A história do bagel judaico – o irmão mais velho do bublik - remonta ao início do século 17. Os bagels se tornaram tão populares que, no início do século 19, a receita foi adotada por cozinhas do Leste Europeu, e os pães judeus, transformados em bubliki: pães em forma de anel normalmente cobertos com sementes de papoula, e só.
O nome bublik também não é aleatório: vem do ucraniano, mas deriva da palavra dos eslavos antigos “bubl”, que significa literalmente “bolha”, uma descrição adequado para a textura do pãozinho arejado. Bubliki não é o único tipo de pão com formato de anel na culinária eslava: há também baranki e suchki, que embora bem conhecidos na Rússia, são mais crocantes, e não tão macios quanto os bubliki.
Eu sempre achei bublik um daqueles doces para quem você não dá nada, mas verdadeiramente únicos e deliciosos. Quando criança, muitas vezes pedia para minha mãe ou avó comprar bubliki para o almoço depois da escola. Não tinha nada no mundo como saborear um bublik de semente de papoula, fresco e quentinho, com um copão de leite frio.
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No entanto, não me lembro de uma única vez em que os preparamos em casa e agora vejo por quê: bubliki não é a coisa mais fácil de se fazer. A questão é que, além do processo com a levedura, também é preciso ferver a massa crua antes de levá-la ao forno. A verdadeira receita de bubliki no GOST (Padrão Nacional Controlado pelo Governo na URSS) exige ainda mais horas e etapas complexas. Mas esta receita é melhor: leva menos tempo e o sabor é tão bom quanto.
Ingredientes
250ml de leite
400g de farinha
1 ovo
50g de manteiga
3 colheres de sopa de açúcar
½ colher de chá de sal
1 colher de chá de fermento em pó
Sementes de papoula
Modo de preparo
Primeiro, acrescente o fermento em pó e o açúcar no leite morno, misture e espere cerca de 10 a 15 minutos para que a levedura comece a fermentar (se houver uma espuma leve e bolhas na superfície, isso significa que o processo está correndo certo).
Em seguida, adicione uma clara de ovo, manteiga derretida e farinha peneirada com sal à mistura, e sove a massa – que deve estar não pegajosa e elástica – com as mãos.
Você pode precisar uma quantidade maior ou menor de farinha, dependendo do tipo que usar. Faça uma bola com a massa, coloque-a em uma tigela limpa, cubra com filme plástico e deixe crescer em uma área quente.
Em cerca de uma hora e meia, a massa dobra de tamanho.
Divida a massa em 10 a 12 partes iguais.
É hora de preparar os bubliki: usando o dedo, faça um buraco no meio de um pedaço e forme um anel. Repita com todos os demais pedaços. Distribua os bubliki sobre uma assadeira (deixando um espaço entre eles), cubra-os com um pano de prato, deixe descansar por mais 20 minutos para continuarem crescendo.
Enquanto isso, coloque água em uma panela média e leve à fervura. Pegue um bublik de cada vez, mergulhe-o na água fervente e deixe cozinhar por 20 segundos.
Coloque os bubliki fervidos em uma assadeira revestida com papel manteiga. Pincele cada bublik com uma mistura de gema e (uma colher de sopa de) água, e polvilhe os pãezinhos com uma porção generosa de sementes de papoula.
Asse os bubliki a 200°C por 15 a 20 minutos até que fiquem brilhantes e dourados. Estejam quentes ou frios, sempre caem bem com um copo de leite.
Priátnogo appetita!