Personalidades se dividem quanto a sua figura, que consideram de orador sem embasamento prático a libertador da pátria.
APPrimeiro e último a ocupar cargo de presidente da União Soviética, Mikhail Gorbatchov continua a dividir opiniões. O Russia Beyond compilou opiniões de partidários e opositores sobre seus feitos:
Hans-Dietrich Genscher, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha Ocidental (1974-1992)
"Mikhail Gorbatchov abriu à Europa um novo futuro. No auge da Guerra Fria, ele formou o conceito de uma casa europeia. Ele se conscientizou sobre a herança comum da Europa e a responsabilidade comum dos europeus. E isso em um momento quando muitos no Ocidente ainda se prendiam obstinadamente aos estereótipos da Guerra Fria [...] Apesar disso, a grande nação europeia dos russos é parte da identidade histórica e cultural da Europa. Gorbatchov sempre acreditou nisso."
http://www.gorby.ru/presscenter/publication/show_28300/
Françoise Sagan, escritora francesa
"Gorbatchov mantém-se como o homem que realizou a libertação mais impensável, mais desejada, mais ousada. Ele quebrou os grilhões, arrancou o pesado jugo sob os quais as pessoas permaneciam, mantidas sob o terror por 75 anos. Ele as libertou definitivamente e muito rápido, sem derramar uma única gota de sangue."
http://www.novayagazeta.ru/society/67489.html
Bono, vocalista do grupo U2
"Ele tem algo incomum, uma inexplicável força de energia. Alguns de seus movimentos e maneiras relembram um lutador de boxe ou até um brigão. Mas ele é um homem de enorme inteligência. Seus pensamentos são um judô mental. Afinal, o que é o judô? É quando você usa a força posicionada contra a força do opositor. Gorbatchov foi o político que salvou a Rússia e não tirou disso nenhum proveito."
http://www.novayagazeta.ru/society/2044.html
Nikita Mikhalkov, diretor de cinema
"[É preciso] que o governo reconheça o crime de Gorbatchov e Iéltsin. Eles cometeram um verdadeiro crime. Se intencionalmente ou não, dirigindo uma ambulância ou não, não é disso que se trata. Suas realizações levaram à queda de nosso país! E essa é a maior catástrofe geopolítica que aconteceu no último século."
http://www.interfax.ru/russia/495083
Nikolai Rijkov, ex-chefe de governo da URSS (1985-1991)
"Eram dois homens: Iéltsin e Gorbatchov. Ambos tinham um grande poder contra si. Esse foi nosso erro, inclusive meu. Eu também apoiava de verdade Gorbatchov quando ele chegou ao poder em 1985. E outros também o apoiavam, mas não se podia levantá-lo, porque ele simplesmente não se ajustava! Se o país tivesse um cargo de pregador, então ele poderia se virar! Ele falava por horas e horas a fio... Mas administrar e conduzir o país sistematicamente e com atenção... Ele era muito impulsivo, desorganizado."
François Mitterrand, ex-presidente da França (1981-1995)
"Eu o saúdo como o homem mais destacado da história deste século [20], que conseguiu fazer surgir a democracia em seu país, terminar com a guerra fria e realizar o desarmamento."
Do livro Marechal da União Soviética, de Dmítri Iazov.
Anatóli Lukianov, ex-porta-voz do Parlamento da URSS (1990-1991)
"Uma típica personalidade do Komsomol [União da Juventude Comunista], que acostumou-se a não resolver nada sozinho. Decidir sempre devia ser uma ação dos comunistas ou dos trabalhadores do aparelho executivo. O governo do país era um capote pesado demais para seus ombros de Komsomol."
http://sobesednik.ru/politics/sobes-32-10-gorbi
Margaret Thatcher, ex-premiê do Reino Unido (1979-1990)
"Ele tem maneiras relativamente abertas e é inteligente. É afável e tem seu charme e humor. Eu certamente vi nele um homem com que se poderia tratar de negócios. Na verdade, eu gostei dele."
http://news.yahoo.com/secret-files-shed-light-first-thatcher-gorbachev-talks-002606352.html
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