1. Princesa Olga
A semimítica governadora da Rússia Antiga Olga era a mulher do príncipe Ígor, da Rus de Kiev, filho do príncipe varegue Rúrik — que, reza a lenda, foi o fundador do Estado russo. Ígor foi morto enquanto coletava tributo da tribo eslava dos drevlianos, e Olga se tornou a regente do filho, Sviatoslav, até a sua maioridade. Ela armou atos de vingança pelo assassinato do marido, fazendo represálias brutais contra os drevlianos.
Olga foi a primeira governante russa a se converter ao cristianismo. Ela foi batizada antes mesmo de a própria Rússia adotar a religião. “Ela brilhava entre os pagãos, como uma pérola na lama”, escreveram, mais tarde, autores de antigas crônicas russas. Olga se tornou uma das primeiras santas veneradas na Rússia, antes mesmo de o cristianismo ser dividido em igrejas ocidentais e orientais; por isso, também é reverenciada na Igreja Católica Romana como Santa Olga de Kiev.
2. Catarina 2ª
Sophie Auguste Friederike von Anhalt-Zerbst-Dornburg era uma princesa alemã, mas acabou se tornando a imperatriz russa e uma das mais importantes mentes do país, governando-o por mais de 30 anos.
Durante o reinado de Catarina 2ª, a Grande, o território do Império Russo aumentou significativamente. Não só foram anexadas a península da Crimeia e outras terras do sul, como ela fundou inúmeras novas cidades, realizou reformas importantes na política interna, estabeleceu uma comissão para sistematizar as leis, reorganizou a divisão administrativa da Rússia, apoiou o comércio e libertou os nobres de castigos corporais, concedendo-lhes um grande rol de direitos. No entanto, alguns historiadores acreditam que foram Catarina e seus múltiplos amantes que deram início à corrupção massiva.
Catarina era uma pessoa inteligente e apoiava a educação, estabelecendo a primeira escola para meninas do país. A imperatriz também era patrona das artes e foi graças à sua enorme coleção de pinturas que nasceu o museu Hermitage, — fundado por ela ao lado da primeira biblioteca pública do país.
Ao mesmo tempo, era uma monarca absolutista que não poupava pessoas nem capital para alcançar seus objetivos. Um deles era ampliar e fortalecer o Império.
3. Anna Pávlova
Essa bailarina russa do início do século 20 ficou conhecida no mundo todo, com poemas e esculturas dedicadas a ela. Pávlova parecia capaz de superar a gravidade: seus movimentos eram tão leves, seu salto, tão arejado. Seu talento e suas interpretações pessoais deram um novo sentido ao balé clássico. Pávlova foi a estrela das famosas temporadas de balé de Diaghilev e também a primeira no mundo a executar a famosa dança “A Morte do Cisne”.
4. Anna Akhmátova
Ela não gostava da palavra “poetisa” e sempre se autodenominava “poeta”. Akhmátova é uma das figuras literárias mais brilhantes do século 20. Seus poemas sobre amor e tristeza, o destino da Rússia e os problemas do universo são impressionantes em sua profundidade. Ela foi uma das primeiras mulheres a ser reconhecida como poeta e escritora de importância nacional. O seu caráter incrivelmente forte a ajudou a sobreviver aos terríveis anos de repressões, quando seu marido foi executado, seu filho foi preso e seus poemas foram proibidos. Ainda assim, permaneceu uma mulher misteriosa e foi musa de muitos artistas da época, incluindo Amadeo Modigliani.
5. Zoia Kosmodemianskaia
Na Segunda Guerra Mundial, mulheres russas lutaram no campo de batalha junto com os homens. Existem muitas histórias sobre o heroísmo de mulheres que serviram como atiradoras, pilotas, enfermeiras e outras “amigas de combate”. Mas esta jovem de 18 anos se tornou uma das heroínas mais reverenciadas da União Soviética.
Durante a batalha por Moscou em novembro de 1941, ela foi enviada para uma aldeia ocupada pelo inimigo como membro de um grupo de reconhecimento de sabotagens. O comando soviético ordenou então a queima das aldeias próximas à capital, que o inimigo poderia usar como alojamento no inverno.
Zoia conseguiu incendiar várias casas antes de ser capturada. Nem a tortura, nem os espancamentos a fizeram se curvar: mesmo quando foi levada à forca, continuou clamando à multidão de aldeões reunida para continuarem a luta contra o inimigo. Em 16 de fevereiro de 1942, Kosmodemianskaia foi premiada postumamente com o título de Heroína da União Soviética.
6. Valentina Tereshkova (ou Terechkova)
Esta filha de trabalhadores soviéticos comuns foi a primeira mulher a voar sozinha para o espaço — e uma viagem assim nunca foi repetida por qualquer outra representante do sexo feminino. Depois de Tereshkova, todas as cosmonautas e astronautas que se seguiram voaram para o espaço em equipes, acompanhadas de outras pessoas.
Em 16 de junho de 1963, Tereshkova, de 25 anos, entrou em órbita e circundou a Terra 48 vezes. Após o voo bem-sucedido, o líder soviético Nikita Khruschov não perdeu a oportunidade de provocar o Ocidente, dizendo: “Enquanto a burguesia sempre considerou as mulheres como sexo frágil, no socialismo as mulheres têm oportunidades iguais”.
7. Maia Plisétskaia
Maia Plisétskaia foi uma das maiores e brilhantes dançarinas da época soviética — e é considerada uma das maiores dançarinas de balé do século 20. Ela protagonizou o balé “O Lago dos Cisnes” no palco do Teatro Bolshoi por 30 anos, algo absolutamente incrível para a profissão. A lendária bailarina se apresentou ali de 1947 a 1977, realizando pelo menos 800 performances. Ela é, até hoje, considerada a melhor dançarina de “O Lago dos Cisnes”.
8. Anna Netrebko
A soprano russa, admirada pela sua voz potente e energia contagiante, se apresentou em todas as maiores cenas do mundo: em Nova York, Londres, Viena e Munique. Ela se tornou especialmente famosa por seus papéis femininos nas óperas “La Traviata” de Giuseppe Verdi, “A Flauta Mágica” de Mozart e “Ruslan e Liudmila” de Mikhail Glinka, entre muitas outras.
9. Maria Sharapova
Vencedora de Wimbledon e de dezenas de outros torneios mundiais, Sharapova sempre foi a principal rival da também lendária Serena Williams. Tornou-se mundialmente famosa pela sua competência nas quadras, perseverança e, claro, seu saque e gritos característicos — sem falar da beleza.
10. Natália Vodianova
Sua história lembra a da Cinderela. Uma garota de uma família pobre da província russa conquistou Paris, casou-se com um aristocrata inglês e, mais tarde, com uma das pessoas mais ricas da França. A aparência angelical de Vodianova fez dela o padrão de beleza. Ela trabalhou com as marcas mais famosas do mundo, de Chanel a Yves Saint Laurent e Gucci. Além de uma carreira de sucesso, é mãe de cinco filhos e filantropa. Sua fundação de caridade, chamada “Naked Heart”, é uma das mais conhecidas na Rússia.
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