Dmítri Baltermants é um dos poucos fotógrafos soviéticos que recebeu reconhecimento no exterior durante sua vida. Na década de 1960, exposições individuais suas foram realizadas com grande sucesso de público em Londres e Nova York.
Já na União Soviética, milhões de leitores da revista “Ogoniók” decoravam as paredes de seus apartamentos comunitários com capas de revistas com suas fotos estampadas.
A carreira de Baltermants começou em 1939. Matemático por formação, ele trocou os números pelo amor à fotografia e tornou-se repórter fotográfico do jornal “Izvéstia”. Nesta posição, ele logo partiu para a frente de batalha.
Foi a guerra que colocou o nome de Balmants na lista das lendas da fotografia mundial. Suas fotos tiradas durante a defesa de Moscou, perto de Stalingrado e na Crimeia lhe renderam enorme fama.
No entanto, na União Soviética, as pessoas começaram a falar sobre sua engenhosidade somente após a guerra. Durante a guerra, muitas de suas obras foram rejeitadas para publicação com comentários como: “Por que tem meio homem aí?!”
A crônica militar exigia fotos padronizadas de “gloriosos guerreiros soviéticos”, enquanto as fotos de Baltermants eram pura vanguarda soviética. Em sua linguagem visual, ele “falava” com o espectador também em tempos de paz.
Reunimos algumas de suas principais obras do pós-guerra:
Testando um novo carro ZIS-110, 1947
Praça Vermelha, 1953
Funeral de Ióssif Stálin, 1953
Alimentação mútua - um costume da mais alta hospitalidade da Caxemira, 1955
No telhado do Hotel Ucrânia, 1957
Sexto Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes em Moscou, 1957
Escolha de local para monumento a Vladímir Maiakóvski, 1958
Praia no Dnieper, 1958
Crianças diante de máquina de refrigerante, 1958
Secagem de peles de animais, década de 1960
O campeão olímpico e levantador de peso Iúri Vlassov, 1960
Da série “Kólia vive em Moscou”, década de 1960
Espera, década de 1960
“O principal relógio do país”, 1964
Retrato de um homem em frente a monumento a Vladímir Lênin, 1965-1973
Maternidade, década de 1970
Visita de Leonid Brejnev ao Uzbequistão, década de 1970
Tubulações para gasoduto, 1971
Retrato de senhora idosa, 1972
Sem olhar para trás. Dois Ilítch, 1972
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