As memórias coloridas do Império Russo, segundo Prokúdin-Górski

Fotógrafo do início do século 20 documentou diversas regiões da Rússia pré-revolucionária. Com isso, criou o primeiro e último álbum de fotos coloridas de um Estado à beira do fim.

Serguêi Prokúdin-Górski, retratado abaixo em terceiro lugar da esq. para a dir., foi um químico e fotógrafo. Ele é mais conhecido pelo pioneirismo em fotografia colorida na Rússia.

Grupo. (Eu com outros dois, Murmansk). 1915

Em 1890, Prokúdin-Górski se juntou à mais antiga sociedade fotográfica da Rússia, a seção de fotografia da Sociedade Técnica Russa Imperial (STRI).

Catedral da Trindade do Mosteiro da Santíssima Trindade, Belgorod. 1910

Em 1901, Prokúdin-Górski abriu um laboratório e um estúdio de fotografia em São Petersburgo.

Três gerações. A.P. Kalganov com filho e neta. Os dois últimos trabalhavam nas lojas da fábrica de Zlatoust. 1910

Ao longo dos anos, o trabalho fotográfico, publicações e apresentações de slides de Prokúdin-Górski para outros cientistas e fotógrafos na Rússia, Alemanha e França lhe renderam elogios.

Máquina de empacotar feno, Murmansk. 1915

No ano de 1906, Prokúdin-Górski foi eleito presidente da seção de fotografia da Sociedade Técnica e editor da principal revista fotográfica da Rússia, a “Fotograf-Liubitel”.

Trabalho na mina de Bakalski, nos Urais. 1910

O tsar Nicolau 2º apreciava fotos coloridas e, com sua bênção, o fotógrafo obteve permissão e financiamento para documentar a Rússia em cores.

Garotas camponesas. 1909

Prokúdin-Górski considerou o projeto o trabalho de sua vida e partiu em suas viagens fotográficas pela Rússia até depois da Revolução de 1917.

Tecelagem. No vilarejo de Izvedovo, perto de Suzdal. 1910

Ao longo de dez anos, Serguêi Prokúdin-Górski reuniu uma coleção de 10 mil fotos.

Monges no trabalho. Plantando batatas perto do mosteiro de Getsêmani. 1910

Seu objetivo final era educar as crianças da Rússia com suas “projeções ópticas coloridas” da vasta história, cultura e modernização do Império.

Algodão. No Jardim Botânico de Sukhumi. 1911

Os objetos que Prokúdin-Górski registrava iam desde as igrejas e mosteiros medievais da antiga Rússia até as ferrovias e fábricas de uma potência industrial emergente, ou a vida cotidiana e o trabalho da tão diversa população russa.

Serrando lenha. Vila de Kuzminskoe às margens do rio Oka. 1912

As fotografias de Prokúdin-Górski oferecem um retrato vívido de um mundo perdido – o Império Russo às vésperas da Primeira Guerra Mundial e da Revolução de 1917.

Pescador no rio Iset, montes Urais. 1910

Após a Revolução de 1917, o fotógrafo foi indicado para outra função sob o novo regime, mas deixou a Rússia soviética em agosto de 1918.

Época de colheita. 1909

Ao deixar o país, Prokúdin-Górski tentou exportar seu material fotográfico, mas cerca de metade das fotos acabaram sendo confiscadas por autoridades russas por conterem material que parecia “estrategicamente delicado para a Rússia em tempos de guerra”.

Família de colono. Assentamento de Grafovka, Ásia Central. 1905

Serguêi Prokúdin-Górski se mudou para Paris em 1922. Lá montou um estúdio de fotografia junto com seus três filhos.

Vila de pescadores no lago Seliger. 1910

Na década de 1930, Prokúdin-Górski, já idoso, continuou dando palestras na qual expunha as fotografias da Rússia para jovens na França, mas cessou o trabalho comercial.

Vagoneta de Petrozavodsk na ferrovia de Murmansk. 1915

Prokúdin-Górski morreu em Paris em 27 de setembro de 1944, aos 81 anos. A maioria de suas fotos são mantidas agora na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.

Observando eclipse solar em 1º de janeiro de 1907, perto da estação de Tcherniaevo, nas Tian-Shan (“montanhas celestiais”)

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