O Brasil comprará 10 milhões de doses da vacina contra o coronavírus Sputnik V, de acordo com o jornal econômico russo RBC. A entrega desse lote será dividida em três etapas e deve se realizar entre abril e junho. Além disso, os Estados brasileiros comprarão de forma independente a vacina russa – só o Nordeste, quase 40 milhões de doses.
O Ministério da Saúde assinou contrato com o Fundo Russo de Investimentos Diretos sobre a importação de 10 milhões de doses: até o final de abril, chegarão ao país 400 mil doses, no final de maio, 2 milhões e os 7,6 milhões restantes, em junho.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde do Brasil, Elcio Franco, nas próximas semanas o governo considerará a possibilidade de produção completa da vacina russa nas fábricas da farmacêutica União Química.
Um relatório do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA publicado em 17 de janeiro também revela que o governo Trump pressionou o Brasil para não comprar a vacina russa.
“Os Estados Unidos e seus aliados, segundo dados de nossos serviços de inteligência, planejam levar a cabo um ampla campanha de informação com o objetivo de formar uma relação preconceituosa contra os avanços tecnológicos russos na luta contra a propagação do coronavírus”, disse uma fonte do governo russo à agência de notícias russa Ria-Nôvosti.
Na última sexta-feira (12), foi a vez de o Azerbaijão autorizar oficialmente o uso da Sputnik V — tornando-se o 51° país a fazê-lo. Baku agora negocia com a Rússia o início das entregas. Antes disso, a vacina tinha sido registrada, apenas em março, já na Namíbia, no Quênia, no Marrocos e na Jordânia.
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