México se torna o primeiro país da América do Norte a aprovar vacina russa Sputnik V

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Autorização de uso emergencial foi dada após divulgação de eficácia pela revista científica “The Lancet”. Dos 19 países que já registraram vacina russa, 6 são da América Latina.

O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) anunciou nesta quarta-feira (3) o registro da vacina russa contra o coronavírus Sputnik V pela Comissão Federal de Proteção contra Risco Sanitário do México (COFEPRIS).

O imunizante recebeu autorização para uso emergencial sem a condução de ensaios clínicos adicionais no país. O México se tornou, assim, a primeira nação da América do Norte a aprovar a vacina de fabricação russa.

“Saudamos a decisão das autoridades regulatórias do México de registrar a vacina Sputnik V e incluí-la no portfólio nacional de vacinas contra o coronavírus. A parceria entre a Rússia e o México vai salvar muitas vidas e proteger a população ao usar uma das melhores vacinas do mundo”, disse Kirill Dmitriev, diretor-executivo do RDIF, que financiou o desenvolvimento do imunizante.

No dia anterior, a “The Lancet”, uma das revistas científicas mais antigas e respeitadas do mundo, publicou os resultados da terceira fase do Sputnik V atestando a alta eficácia e segurança da vacina russa. Na análise de eficácia intermediária do ensaio clínico randomizado, de duplo-cego e controlado por placebo, o tratamento com duas doses da Sputnik V administrado com 21 dias de intervalo demonstrou eficácia de 91,6% contra covid-19 – chegando a 100% de proteção contra os casos mais graves da doença.

Ainda nesta quarta, a RDIF anunciou também o registro da vacina russa Sputnik V pelo Ministério da Saúde da República da Nicarágua. A vacina russa já está aprovada para uso emergencial em 6 países da América Latina, e 19 países no mundo inteiro.

“A Sputnik V já está aprovada em 18 países [além da Rússia] e esse número continuará aumentando. Alta eficácia, segurança, fácil distribuição e acessibilidade permitem que as autoridades regulatórias em todo o mundo a incluam em seu portfólio de vacinas”, acrescentou Dmitriev.

A Sputnik V já havia sido registrada anteriormente na Rússia, Bielorrússia, Argentina, Bolívia, Sérvia, Argélia, Palestina, Venezuela, Paraguai, Turcomenistão, Hungria, Emirados Árabes Unidos, Irã, República da Guiné, Tunísia e Armênia.

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