Fernando de Castro Marques, presidente da União Química (centro), o e CEO do RDIF Kirill Dmitriev (segundo à dir.)
RDIFO Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF) e a farmacêutica brasileira União Química assinaram um acordo para a entrega de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V ao Brasil no primeiro trimestre de 2021. As primeiras doses chegarão ainda em janeiro.
O acordo foi resultado de uma reunião entre o CEO do RDIF, Kirill Dmitriev, e Fernando de Castro Marques, presidente da União Química, em Moscou, nesta quarta (13).
As partes discutiram questões-chave para cooperação relacionada à Sputnik V e outros esforços conjuntos para combater a pandemia do coronavírus.
Segundo Dmitriev, haverá possibilidade de fornecer 150 milhões de doses da vacina ao Brasil em 2021, sem falar nas vacinas que serão produzidas em território brasileiro.
Nos últimos meses, a parte russa auxiliou na transferência de tecnologia para estabelecer a produção da Sputnik V no Brasil, inclusive no fornecimento de documentação e biomateriais. A produção local de vacinas começa nesta sexta (15).
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Ainda nesta semana, o RDIF e a União Química submeterão às autoridades regulatórias brasileiras um pedido de aprovação para uso emergencial da vacina Sputnik V.
Outros países da América do Sul, como Argentina, Bolívia e Venezuela, aprovaram o uso emergencial da vacina russa e já iniciaram a vacinação.
A Sputnik V começou a ser aplicada em território russo no início de dezembro de 2020. Os funcionários da Embaixada do Brasil na Federação Russa também estão recebendo o imunizante russo.
BRICS criará grupo de trabalho sobre vacinas
As partes discutiram ainda a cooperação entre a Rússia e o Brasil dentro do Brics. A proposta é criar um grupo de trabalho dos países-membros do bloco para o combate conjunto ao coronavírus e a cooperação em vacinas.
“O RDIF e a União Química do Brasil proporão a todos os países do Brics a criação de uma força-tarefa para combater a covid-19 e cooperar em vacinas”, lê-se na nota do fundo russo.
A Rússia se tornou o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra o coronavírus, batizada de Sputnik V, em agosto de 2020. O imunizante foi desenvolvido pelo Centro Gamaleya, em Moscou, com suporte do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia.
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