Em reunião virtual com governadores regionais, na qual foi anunciada que a Rússia poderia começar a suspender as restrições em meados de maio, Putin afirmou que, embora o pico do coronavírus ainda esteja à frente, “aprendemos com os erros e agora enfrentamos novos desafios”.
Ao admitir que ainda há um déficit de equipamentos médicos, o presidente russo emitiu novas ordens para lidar com a pandemia.
Segundo Putin, ventiladores, respiradores e leitos especializados estão sendo produzidos e instalados com uma proporção dez vezes superior ao registrado no início do ano. Enquanto apenas 60 a 70 ventiladores eram fabricados diariamente em janeiro, a Rússia produziu 800 por dia em abril; o número de respiradores também aumentou de 800.000 por dia para mais de 8,5 milhões hoje. Durante o mesmo período, a produção de suprimentos médicos aumentou nove vezes, e a Rússia é capaz agora de fazer mais de 150.000 testes de coronavírus diariamente.
As regiões do país foram incumbidas de oferecer 95.000 leitos até quarta (28); algumas conseguiram exceder a cota, mas outras não atingiram a meta.
“As soluções de ontem podem não ser suficientes para os problemas de amanhã”, disse o presidente, ordenando que todas as regiões e setores não cessem quando a cota for atingida.
“Devemos trabalhar preventivamente, repito. E devemos estar prontos para adotar novas medidas e aumentar nossa disponibilidade para qualquer cenário”, acrescentou.
Putin destacou ainda que a Rússia conseguiu conter o fluxo de casos diários, “graças aos esforços de milhões de cidadãos que estão ouvindo as autoridades”. Porém, alertou que os cuidados não podem ser reduzidos, já que o país enfrenta agora “o estágio mais difícil da pandemia. Disciplina e organização devem ser observadas em nível nacional durante esses tempos sem precedentes”.
Embora o governo de Moscou pretenda gradualmente retomar as atividades econômicas em meados de maio, o presidente russo enfatizou que isso acontecerá apenas se as pessoas continuarem a cumprir as regras atuais.
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