Sorriso largo, figura atlética, jaleco hospitalar e estetoscópio – médico da cidade de Nova York, Mike Varshavsky, 30, tem quase 4,5 milhões de seguidores no YouTube e outros 3,5 milhões no Instagram. E pelo nome já se supõe – é russo.
Nascido na cidade russa de Saransk, na Mordóvia (650 km a sudeste de Moscou), mudou-se para os EUA com os pais e avós aos 6 anos. Estudou em Brookline e, segundo ele, as pessoas não o achavam “inteligente”, porque não sabia falar inglês.
Também admite nunca ter sido popular entre as garotas na escola. “Se via uma menina bonita do outro lado da sala, [eu era incapaz] de chegar nela e iniciar uma conversa”, confessa. Mas sempre quis se tornar médico – como seu pai.
Seu pai, aliás, teve que “reaprender” a profissão de médico nos EUA, enquanto sua mãe, professora de matemática, assumiu vários empregos para ajudar no sustento da família. “Vi meu pai construir relações com os pacientes, ele era responsável pela saúde deles, pela saúde da família. Ele me mostrou que se pode trabalhar e fazer dinheiro e, ao mesmo tempo, realizar algo mais, que dá para melhorar o mundo. E eu decidi que esse trabalho era ideal para mim”, conta Mike.
Em 2013, concluiu a faculdade de medicina e começou a trabalhar como médico de família, relatando o cotidiano em sua conta do Instagram, além de manter uma página no YouTube sobre estilo de vida saudável.
E logo os vídeos do Dr. Mike se tornaram populares, sobretudo entre as mulheres – e o número de seguidores disparou.
Dois anos depois, foi eleito pela revista “People” como o médico mais sexy do mundo – e, de um dia para outro, virou um dos profissionais da saúde mais famosos do globo.
E o que ele fez com a fama? Decidiu usar sua popularidade em prol do bem. Mike organizou um leilão beneficente com o prêmio principal – um encontro com ele –, e todo o dinheiro arrecadado foi enviado ao “The Limitless Tomorrow Fund”.
Para alegria de quem o acompanha, Mike não é casado e vive com seu cachorro da raça Terra-nova – que também conta com cerca de 100.000 seguidores na internet.
No verão passado, quando Mike voava de Nova York a Tel Aviv a negócios, um passageiro entrou em choque anafilático em decorrência de um ataque alérgico. Não havia Epipen (remédio para anafilaxia) disponível, mas o médico encontrou um pouco de epinefrina, uma droga semelhante, no kit de primeiros socorros a bordo e injetou-o na perna do passageiro, salvando a vida do homem de 26 anos. É herói que chama?
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