As chamadas Colunas de Sundrun são um grupo de monumentos (pilares) de pedra – mais especificamente, granito – no meio da tundra siberiana da Iakútia.
A área é tão inacessível aos seres humanos que as primeiras fotos com qualidade aceitável das esculturas naturais de granito foram publicadas apenas em 2016.
Na época, o fotógrafo russo Serguêi Karpukhin intitulou seu projeto fotográfico de “Cidades de granito de Ulakhan-Sis”. No entanto, apesar de ter fotografado formações rochosas similares, ele não conseguiu escalar as Colunas de Sundrun em 2016.
Depois de passar dois anos à procura de um caminho, Serguêi recorreu à ajuda de uma equipe de montanhistas: foi então que entrou o austríaco Kilian Fischhuber, acompanhado do alemão Robert Leistner e da tradutora russa Galia Terenteva.
Fischhuber iniciou a missão de traçar uma rota pelas Colunas de Sundrun ainda em 2018 e decidiu levar Serguêi como fotógrafo oficial da expedição.
Embora o austríaco não soubesse nada sobre a região à qual estava se dirigindo, ou mesmo seu fotógrafo-guia russo, Fischhuber decidiu se arriscar.
“Não fazíamos ideia de que tipo de sujeito Serguêi era, se ele estava dizendo a verdade ou apenas brincando. Eu descobri o máximo que consegui sobre ele, pois tínhamos que ter confiança plena nele”, disse Fischhuber, citado pelo site da RedBull.
Para alcançar o objetivo, os alpinistas tiveram que caminhar 30 quilômetros – o que representou nada menos que dez dias de caminhada devido ao terreno acidentado.
“Perguntamos a Serguêi se devíamos levar água conosco, mas ele nos disse para não nos preocuparmos porque haveria muita água por lá”, disse Fischhuber. Mas a realidade foi outra – os montanhistas tiveram que ferver e beber neve derretida e, no caminho de volta, sorviam diretamente das poças d’água.
“Acho que tivemos muita sorte por ninguém ter ficado doente”, acrescentou o austríaco.
Ao longo do caminho, os exploradores se depararam com pegadas enormes de ursos e enxames de mosquitos: “Era como uma espécie de praga bíblica”.
Apesar disso, o escalador austríaco e sua reduzida equipe não só chegaram ao destino, mas também abriram caminho para todos os 12 pilares de granito descobertos.
Depois de sua primeira aventura na Rússia, Fischhuber planeja agora novas expedições a lugares desconhecidos do país.
“Há centenas e centenas de torres de pedra, e, a julgar pelas fotos aéreas, há lugares com ainda mais pilares”, disse.
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