Cáucaso, Altai, Urais, Sibéria, Kamtchatka – a Rússia está cheia de lugares para os amantes de montanhismo e caminhadas.
Muitos já conhecem o monte Elbrus, o mais alto da Europa. Aqui, porém, propomos outros destinos não menos interessantes.
1. Naródnaia (1.895 m)
Este é o pico mais alto dos Urais e há duas versões sobre a origem de seu nome. De acordo com uma delas, a primeira expedição, em 1927, a chamou de “montanha do povo” para se referir à grandeza do povo soviético, já que Naródnaia significa “do povo”. Mas há também quem afirme que o nome deriva do rio Naroda, que nasce na região.
O local tornou-se popular entre os excursionistas do país no final da década de 1950 e, desde então, Naródnaia passou a ser considerada um destino imperdível para qualquer aventureiro soviético. Ainda hoje são organizadas excursões, não sendo necessário nenhum equipamento sério de montanhismo ou experiência – mas é aconselhável estar em boa forma física.
2. Bolshoi Tkhach (2.368 m)
Situada no Cáucaso Ocidental da Rússia, Bolshoi Tkhach é uma impressionante cordilheira no parque natural homônimo, declarado Patrimônio da Humanidade da Unesco.
Devido à sua semelhança com uma gigantesca fortaleza medieval, a cadeia montanhosa não só atrai montanhistas profissionais, mas é também um destino turístico popular entre aventureiros amadores. Para os interessados, é bom saber que são necessários, pelo menos, quatro ou cinco dias para explorar essa bela paisagem.
3. Kizil-Taiga (3.121 m)
Este é um lugar sagrado para os habitantes da República de Tuvá e o pico mais alto da cordilheira do Saian Ocidental, que se ergue sobre a paisagem de Altai e o vale do rio Ienissei. Seu nome, na língua tuvana, é traduzido como “montanha vermelha coberta de bosques”, devido ao grande número de árvores que crescem na região. É um lugar remoto e dificilmente visitado por turistas; por isso, se estiver a fim de alguns dias de paz e tranquilidade, Kizil-Taiga é exatamente o que você procura.
4. Munku-Sardik (3.491 m)
“Eterno pico calvo” – como é traduzido esse nome mongol – é a montanha mais alta da cordilheira do Saian oriental, na Buriátia.
Situada na fronteira entre a Rússia e a Mongólia, esta montanha não é fácil de escalar e requer experiência. Há partes rochosas e áreas com gelo, além de três glaciares, algo que não é visto em nenhum outro cume da cadeia de Saian.
5. Belukha (4.509 m)
O pico mais alto de Altai, Belukha, faz parte das chamadas Montanhas Douradas do Altai, declaradas Patrimônio Mundial da Unesco, e tornou-se popular fora da Sibéria em 1920, graças à expedição à Ásia Central do pintor Nikolai Roerich, que ficou impressionado com a pureza da área e com a distância que percorriam os ecos.
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Os russos o chamam de Belukha por causa da palavra beli (branco) – seus picos cobertos de neve podem ser vistos durante o ano todo. Viajantes solitários, membros de clubes esportivos e turistas costumam escalar essa montanha coberta de gelo, mas não é adequado para iniciantes. Chegar ao topo do pico mais alto da Sibéria não é uma caminhada no parque – o gelo e a distância dificultam bastante a aventura.
6. Dikhtau (5.205 m)
Dikhtau (traduzido como “monte íngreme”) é a segunda montanha mais alta do Cáucaso e da Europa depois do Elbrus, e não é fácil subir até o topo. Famosa por sua dificuldade técnica e frequentes avalanches, a montanha está na lista dos Segundos Sete Cumes, uma alternativa mais difícil que a conhecida como os Sete Cumes, as montanhas mais altas dos seis continentes, somada à mais alta da América do Norte.
O Dikhtau, junto com o K2 e o Monte Quênia, é mais difícil de escalar do qualquer um dos picos mais altos do planeta, e, muitas vezes, é por esse motivo (e também pela ausência de turistas) que montanhistas experientes assumem o desafio.
7. Kliutchévskaia sopka (4.850 m)
A montanha mais alta da Península de Kamtchatka e o vulcão ativo mais alto da Eurásia não é um lugar para os fracos. Declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, o vulcão tem idade estimada em 7 mil anos e continue a crescer, devido a eventuais erupções, que ocorrem a cada três ou cinco anos (a última foi em 2017). É comum entre turistas e alpinistas, que o visitam pela adrenalina e pela paisagem.
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