AK-47s que não matam: 6 casos de Kalashnikov como marca, e não fuzil

Reuters
Na segunda metade do século 20, arma se tornou um símbolo global da identidade nacional russa, ao lado da Catedral de São Basílio, de Tolstói e das matriochkas.

Vodca

Este é um suvenir perfeito da Rússia: a famosa arma junto com a bebida típica do país. A vodca Kalashnikov, produzida em uma fábrica na república da Udmúrtia (1.200 quilômetros a leste de Moscou), foi lançada em 1995 e é vendida em diversos países.

Disponível em diferentes versões, a garrafa de vidro em forma de AK-47 é fabricada na França e vem embalada dentro de uma caixa militar. Há também um garrafa que imita um imita um dinamite. As mais caras custam US$ 300 por 700 mL de vodca.

Filmes e videogames

Os cineastas de Hollywood exploram Kalashnikov impiedosamente.

Em “O Senhor das Armas”, por exemplo, o personagem Yuri, interpretado por Nicolas Cage, apresenta a arma aos espectadores: “Desde o fim da Guerra Fria, a Kalashnikov se tornou a maior exportação do povo russo – depois, a vodca e os romancistas suicidas”.

Desde que o rifle apareceu pela primeira vez em um filme soviético, em 1954, inundou a indústria cinematográfica, aparecendo em blockbusters como ‘X-Men: Primeira Classe’, ‘Hitman: Assassino 47’, ‘Rambo 3’ e vários outros. Tornou-se tão popular que é difícil imaginar um vilão de Hollywood que não tenha uma AK-47 debaixo do travesseiro.

Os videogames não são exceção; a maioria dos jogos têm Kalashnikov em seu arsenal.

Música 

Em 2003, o músico colombiano e ativista da paz Cezar Lopez criou um híbrido de AK-47 com violão, e chamou o instrumento final de ‘escopetarra’.

Desde então, surgiram violões-arma em vários lugares, inclusive modelos elegantes.

Muitas músicas são dedicadas à famosa arma, e seu nome já foi usado por bandas pequenas e grandes dos EUA, México, China, Rússia e outros países.

Bandeiras, símbolos nacionais e crianças

O designer de armas Mikhail Kalashnikov disse certa vez a um repórter sobre o encontro com o ministro da Defesa de Moçambique: “Quando conheci o ministro da Defesa de Moçambique, ele me mostrou a bandeira nacional de seu país que carrega a imagem de uma submetralhadora Kalashnikov. Ele disse que quando todos os soldados da Frente de Libertação voltaram para suas aldeias, eles deram o nome ‘Kalash’ a seus filhos”.

Além de Moçambique, países como Zimbábue, Timor Leste e Burkina Fasso possuem uma AK-47 como parte da composição de seus brasões. A combinação de uma enxada com o rifle russo também era um motivo popular usado por outras nações africanas.

Moda

A marca Kalashnikov também invadiu o mundo da moda em 2016 com o lançamento de uma linha de tecidos. “Eu não entendo como é possível que não produzamos nossa própria linha de roupas e acessórios”, disse Vladímir Dmitriev, diretor de marketing do Consórcio Kalashnikov.

Mas não demorou para os planos se materializarem: agora é possível comprar itens diversos da marca, desde camisetas e bonés a guarda-chuvas e cobertores. Os preços variam de US$ 17, por luvas, até US$ 50, por guarda-chuvas.

Arte e joias

A lendária arma inspirou muitos artistas a criar obras de arte. A foto abaixo, por exemplo, apresenta um objeto de arte de um artista desconhecido de Moçambique.

Um painel cheio de rifles Kalashnikov dourados está exposto no Palácio de Abdeen, no Cairo.

Artistas britânicos contemporâneos colocaram o AK-47 no centro de sua exposição “AKA Peace”, que apresentava a arma em formas, configurações e cenários inesperados.

O rifle também é uma fonte de inspiração para designers internacionais de joias.

Quão bem você conhece os fuzis AK-47? Veja aqui se é capaz de distinguir entre o original e sua cópia chinesa.

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