Exportações russas em rublos para os países do Brics cresceram 720%

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Aumento se deve às sanções financeiras contra a Rússia e à consequente diminuição do uso do dólar americano.

De 2013 a 2018, a percentagem de pagamentos de exportações em rublos com os parceiros do Brics (Brasil, Índia, China, África do Sul) cresceu 7,2 vezes, chegando a 9,4% do total de exportações mundiais russas, segundo a rede de auditoria e consultoria internacional FinExpertiza.

"A percentagem de pagamentos em dólares entre os países do BRICS caiu gradualmente durante os últimos cinco anos, e as exportações da Rússia aos países do Brics em rublos aumentaram 7,2 vezes e atingiram 9,4% de todas as exportações mundiais russas”, lê-se em comunicado da empresa publicado pela agência de notícias Ria Nôvosti.

No total, a participação do dólar americano nas exportações para os países do Brics caiu 20%. Assim, o total de exportações mundiais russas chegou a 77%, ou seja, US$ 51 bilhões.

Quanto às importações russas, as transações em dólares caíram 18%. Assim, agora elas somam 72,3% do total de importações mundiais russas, ou seja, US$ 42,4 bilhões. Em geral, o comércio com os países do Brics durante os últimos cinco anos saltou de US$ 105,4 bilhões para US$ 125 bilhões.

"As transações com a China, principal parceiro comercial da Rússia, também estão sujeitas a essa tendência: a participação do dólar está caindo tanto nas exportações, como nas importações. Durante os últimos cinco anos, a participação dos dólares nos pagamentos caiu 18% nas exportações, enquanto as transações em rublos cresceram 5,2 vezes e, em euros, 11 vezes", lê-se no estudo.

As mudanças mais significativas na estrutura monetária das exportações da Rússia ocorreram nas transações com a Índia. Os pagamentos em dólares com Nova Deli caíram 40%, e hoje compõem 58,2% do total das transações, enquanto os que são feitos em rublos cresceram 33,8 vezes, passando a somar 37,2% do total de transações russo-indianas.

"O motivo pelo qual se deixou de fazer pagamentos em dólares, passando-se a transações em moedas nacionais entre os países do Brics é o aumento no volume de negócios”, disse a presidente do conselho de administração da FinExpertiza, Elena Trubnikova, à agência de notícias Ria Nôvosti.

“Apenas a paridade das operações de importação e exportação pode assegurar a demanda mútua pelas moedas nacionais dos parceiros. Por exemplo, os volumes existentes do comércio entre a Rússia e a China permitem mudar significativamente a estrutura em favor das moedas nacionais”, completou.

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