A adaptação para as telonas do romance épico de Lev Tolstói acabou sendo tão grandiosa quanto o livro. O longa foi dividido em quatro episódios, levando cerca de seis anos para concluir as filmagens. O diretor prestou bastante atenção à autenticidade dos trajes históricos. Quase 15.000 pessoas estiveram envolvidas nas filmagens das cenas de batalha.
Como era de se esperar, o filme estrelou todos os atores soviéticos cult: Oleg Tabakov como Nikolai Rostov; Viatcheslav Tikhonov (o futuro rosto do personagem popular Stierlitz) como príncipe Andrei Bolkonski; Vassíli Lanovoi como o sedutor Anatóli Kuraguin; e, finalmente, Liudmila Savélieva como Natasha Rostova. O próprio diretor interpretou Pierre Bezukhov.
O filme virou um sucesso de bilheteria na URSS e, em 1969, ganhou um Oscar e um Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
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Considerada uma das melhores histórias de amor da Rússia e, talvez, até mesmo da literatura mundial, ‘Anna Karenina’ foi adaptada para as telonas pelo menos três dúzias de vezes (inclusive, já listamos as 10 melhores atrizes do cinema mundial que interpretaram Karenina aqui).
Mas foi a atriz Tatiana Samóilova, a principal “Anna soviética”, que ganhou os corações dos espectadores russos para sempre. Quando o filme foi lançado, Samóilova já era uma grande estrela do cinema graças à sua atuação anterior no filme ‘Quando Voam as Cegonhas’ (1957) — que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes no mesmo ano.
Seu amor nas telas, Vronsky, foi interpretado pelo símbolo sexual do cinema soviético, Vassíli Lanovoi. Naquela época, ele já era ex-marido de Samóilova na vida real, o que adicionou ainda mais drama à química entre os dois.
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Tolstói considerou seu último romance, ‘Ressurreição’, como seu melhor trabalho. Esta é uma história dramática sobre como um oficial seduz uma garota e a abandona. Mais tarde, após saber que sua vida foi ladeira abaixo, ele decide mudar da água para o vinho.
A primeira e única adaptação soviética deste livro para o cinema foi dirigida pelo protegido de Serguêi Eisenstein, Mikhail Schweitzer, e reconta a história muito próxima do texto original (Schweitzer também atuou como roteirista).
Em 1962, no Festival de Cinema de Locarno, o prêmio da Federação Internacional de Críticos de Cinema (do francês, conhecida pela sigla Fipresci) honrou a protagonista, Tamara Siómina, como Melhor Atriz.
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A peça inacabada de Tolstói é baseada em fatos reais: o personagem chamado Fiódor Protasov quer se matar para que a esposa possa se casar com outro homem. No entanto, ele não tem coragem de dar esse passo. Em vez disso, ele deixa sua vida ir pelo ralo, bebe, sai perambulando pelas ruas e se torna um “cadáver vivo”. Sua esposa, pensando que ele está morto, se casa com outro homem. Mas é então que ele é convocado para um julgamento onde ela o vê vivo...
A peça de Tolstói foi produzida no palco do Teatro Musical Acadêmico de Moscou Stanislávski e Nemirôvitch-Dántchenko antes da Revolução de 1917. O protagonista foi interpretado pelo ator Aleksêi Batalov (o mundo inteiro já o conhecia depois de seu papel em ‘Quando Voam as Cegonhas’). Já sua esposa na tela foi interpretada pela deslumbrante Alla Demídova.
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Neste curto romance de Tolstói, um marido mata sua esposa, suspeitando que ela seja adúltera. A peça foi proibida pela censura tsarista, por causa das cenas excessivamente explícitas e pelo fato de Tolstói questionar a instituição do casamento, em geral, considerando-o um vício legalizado.
Porém, como qualquer fruto proibido, a história apenas se tornou mais popular. Foi adaptada para as telonas várias vezes (as primeiras tentativas foram na Rússia antes mesmo da revolução). Uma das mais famosas de suas empreitadas cinematográficas foi rodada pelo diretor Mikhail Schweitzer, junto com sua esposa Sofia Milkina. Curiosamente, este diretor trabalhou na adaptação para o cinema de várias obras-primas da literatura clássica, como a mencionada ‘Ressurreição’, histórias selecionadas de Anton Tchékhov, ‘Pequenas Tragédias’, de Aleksandr Púchkin, e ‘Almas Mortas’, de Gógol.
Neste drama psicológico em duas partes, o papel do marido ciumento foi interpretado por Oleg Iankóvski, enquanto sua esposa foi encarnada por Irina Selezneva.
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