Série de bábuchkas ciberpunk mostra ‘lado obscuro’ das vovós russas; confira

Cultura
ALEKSANDRA GÚZEVA
Com bom humor e técnica, ilustrador moscovita analisa comportamento de senhorinhas supostamente ‘indefesas’.

Como imaginamos as bábuchkas, ou vovós, russas? Seres dóceis ​que preparam tortas, tricotam meias e exalam calor humano. Mas será esta é a realidade? O ilustrador Eduard Nabiullin, de Moscou, imaginou essas senhorinhas sob outra perspectiva.

O personagem principal da série fantasiosa ciberpunk de Nabiullin é a bábuchka Petrovna. Certifique-se de que ela e sua amiga atrevida Kuzminichna não irão permiti-los furar a fila para fazer uma “perguntinha rápida”.

Já ouviu falar da medicina tradicional na Rússia? Em vez de tomar remédios, muitas bábuchkas aplicam, por exemplo, folhas de repolho em pontos doloridos e fazem remédios à base de plantas. E, claro, não há cura melhor para o resfriado comum do que... frascos de vidro nas costas ‘grudados’ por sucção. (Outra dica “quente” das bábuchkas pode soar meio estranha – mas qualquer coisa pode ser curada com urina).

As bábuchkas atravessam a burocracia com maestria, e elas terão o maior prazer de brigar se a água for desligada – Deus ajude quem estiver pela frente.

E se elas têm algum problema para resolver em alguma agência de seguridade social, ninguém está seguro. Por sorte, o departamento onde as bábuchkas vão obter assistência e benefícios existe desde os tempos soviéticos, por isso, os funcionários já estão bem qualificados em todos os tipos de técnicas de combate.

Novatos e funcionários do baixo clero tentarão afastá-las pedindo documentos adicionais ou fechando cedo para o almoço, mas as bábuchkas não estão para brincadeira.

E sem essa de não fumar!

Embora as imagens sejam engraçadas, o interessante, segundo o autor, é que elas reflexem a mentalidade de muitas “pessoas idosas que cresceram em condições completamente diferentes e bem mais difíceis do que os jovens mimados de hoje”.

Confira abaixo mais fotos da série de Nabiullin:

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