Quantos tipos de Papais Noéis há na Rússia? Veja fotos

Entre as diversas etnias que vivem no país, muitas têm seus próprios Papais Noéis, ou, como chamam os russos Ded Moroz (Vovô do Gelo). Confira nosso top 10 dos bons velhinhos russos!

1. Vovô do Gelo de toda a Rússia

O Vovô do Gelo, que personifica o Ano Novo na Rússia, vive oficialmente na região de Vologda, na cidade de Velíki Ustiug. É para lá que crianças de toda a Rússia enviam suas cartinhas com pedidos de presentes. Ele mora com a neta, Snegúrotchka. Sem eles, o Ano Novo é simplesmente inimaginável no país.

Este velhinho é facilmente reconhecível por seus longos casacos, ou vermelhos ou azuis, enfeitados com pele branca, chapéu combinando e sua enorme barba branca. Ele carrega consigo um longo cajado, que, reza a lenda, pode congelar ou descongelar qualquer criatura viva.

2. Kich Babai (Tatarstão)

A aldeia de Iana Kirlai, na República do Tatarstão, é o lar do irmão do Vovô do Gelo, Kich Babai. Ao invés de casaco de pele, ele usa um cafetã azul e, em vez de toca, boné. No lugar de uma neta, a ajudante de Kich é sua filha, Kar Kizi. Em sua residência vivem também as criaturas mágicas Churale, o duende da floresta, Shaitan, com seu bom coração, e o corajoso herói Batir.

3. Talvi Ukko (Сarélia)

Nome proveniente da língua careliana, Talvi Ukko significa "Avô Inverno". Ele mora perto de Petrozavodsk, a capital da República da Carélia, no norte da Rússia, junto com sua equipe de renas, cachorros da raça husky e malamute. Assim, as pessoas visitam sua residência não apenas para receber presentes, mas também para passear em trenós puxados por renas e cães, além de beber chá com pastéis carelianos, mais conhecidos como “kalitkas”.

4. Pakkaine (Carélia)

Ainda na Carélia, desta vez na cidade medieval de Olonets, mais ao sul, vive outro Vovô do Gelo. Este se chama Pakkaine, e sua aparência não oferece pistas sobre sua verdadeira identidade. Seu nome é traduzido como “clima congelante”.

Reza a lenda que Pakkaine era um sujeito alegre, que adorava diversão e viagens de inverno. Mas ele também gostava muito de ficar se arrumando em frente ao espelho.

Dizem que, em todas as cidades por onde ele passou, ficou seu reflexo. Todos os anos, em 1º de dezembro, esses reflexos rumavam a Olonets para tentar provar que eles eram o verdadeiro Pakkaine.

Verdade ou não, os festivais populares de hoje e as competições de Vovô do Gelo são realizados em sua famosa residência. Pakkaine é amigo de Talvi Ukko e de Vovô do Gelo, e os considera seus irmãos mais velhos.

5. Ehee Dil e Tchiskhaan (Iakútia)

Mais a leste, a Iakútia tem dois Vovôs do Gelo próprios. Tchiskhaan é severo como o inverno da taiga, e seu nome significa “frio penetrante”. Meio homem, meio touro, quando seus chifres crescem, o inverno chega a Iakútia e, quando eles caem, o verão chega. Ele tem uma esposa, Tcholbon Kuo, e sua sogra é o próprio Inverno.

LEIA TAMBÉM: Kostroma: o lar de Snegúrotchka, a Donzela da Neve

Já o bom Ehee Dil leva as crianças de trenó puxado por renas e lhes dá presentes. Ele tem uma neta, Khartchaan, mas só os viajantes mais resistentes podem chegar até sua residência, em Oimiakon, um dos locais habitados mais frios da Terra, onde os termômetros chegam a 70 graus Celsius negativos.

6. Iamal Iri (Iamal)

A versão da etnia nenets do Vovô do Gelo vive no fim do mundo, ostenta uma longa barba grisalha, usa as roupas tradicionais dos nômades do norte russo e carrega um tamborim para realizar seus rituais. Iamal Iri o usa para afastar os maus espíritos das casas das pessoas. Se você nutre um desejo, toque seu cajado e ele se tornará realidade sem falta.

7. Tol Babai (Udmúrtia)

O gigante Tol Babai tem um cajado torto, resultado de seus longos anos vagando pelo mundo. Reza a lenda que, durante suas viagens, ele aprendeu a se comunicar com animais e plantas, mas as pessoas sempre tiveram um pouco de medo dele. Só as crianças queriam ser amigas do gigante. Desde então, como agradecimento, ele entrega presentes a seus amiguinhos e os convida a visitá-lo. É fácil reconhecê-lo devido a seu casaco roxo e à caixa de casca de bétula que usa para levar presentes para seus amigos.

8. Khel Mutchi (Tchuváchia)

No passado, os povos da República da Tchuváchia comemoravam o Ano Novo durante o feriado de Surkhuri (literalmente, “perna de ovelha”, porque, depois das festividades, as pessoas costumavam pegar ovelhas pela perna e prever o futuro para o ano que chegava baseadas na cor, preta ou branca).

O principal espírito mágico das celebrações na Tchuvachia é Khel Mutchi, auxiliado por sua neta Iur Pike. A caixa de truques deles tem até um samovar falante, um baú de desejos e um relógio “da sorte”. Acredita-se que encontrar Khel Mutchi na véspera de Ano Novo garante um ano de sucesso pela frente.

9. Sagan Ubgen (Buriátia)

A região budista da Buriátia reverencia seu “ancião branco”. Acredita-se que ele traga paz, longevidade e prosperidade familiar. Sagan Ubgen carrega um cajado com a cabeça de um dragão, um dos principais símbolos budistas.

10. Artkhuron (Ossétia do Norte)

O nome do Vovô do Gelo do Cáucaso significa "Vovô Fogo". Artkhuron é uma antiga divindade do sol e do fogo, que dá riqueza e bem-estar às pessoas. Na Ossétia, um bolo redondo é assado na véspera de Ano Novo em sua homenagem, o que, reza a lenda, traz felicidade.

Para ficar por dentro das últimas publicações, inscreva-se em nosso canal no Telegram

Autorizamos a reprodução de todos os nossos textos sob a condição de que se publique juntamente o link ativo para o original do Russia Beyond.

Leia mais

Este site utiliza cookies. Clique aqui para saber mais.

Aceitar cookies