Cinco exponentes do Impressionismo Russo

Mesmo que você não tenha conheça muito sobre arte, provavelmente já viu os trabalhos brilhantes e coloridos dos artistas impressionistas mais famosos do mundo. Os russos, porém, nem sempre estão os artistas mais citados do movimento.

Comparado com a Europa, o impressionismo teve um desenvolvimento bastante complexo na Rússia de 1860 a 1930. Durante esse período, os artistas combinaram vários estilos diferentes – por isso, as obras impressionistas e pós-impressionistas russas frequentemente se enquadram em outros gêneros artísticos, incluindo cezannismo, neoprimitivismo e simbolismo russo – o que o torna mais interessante.

A contribuição da Rússia para o movimento faz parte do acervo do Museu do Impressionismo Russo, onde está em cartaz atualmente a exposição “Esposas”, exibindo os retratos originais das musas dos pintores.

Rússia Beyond admira as obras dos pintores impressionistas mais emblemáticos do país.

  1. Konstantin Korovin (1861-1939) 
“Paris. Boulevard des Capucines”, de Konstantin Korovin, 1906

Um dos mais importantes impressionistas russos, Korovin foi inspirado pelo tempo em que passou em Paris, onde o movimento propriamente nasceu. O artista dedicou muitas pinturas à capital francesa: “Paris. Boulevard dos Capucines”, “Paris. Manhã”, e “Rua à noite. Paris” são algumas delas deles. Apreciado pelos franceses, o artista russo acabou sendo condecorado com a Ordem Nacional da Legião de Honra.

“À mesa de chá” de Konstantin Korovin, 1888

O pintor também trabalhou em cenários para óperas, balés e peças de teatro, além de figurinos. No entanto, é mais lembrado por seus quadros.

  1. Valentin Serov (1865-1911)
“Janela Aberta. Lilases”, de Valentin Serov, 1886

“No século atual, pinta-se apenas crueldade, nada gratificante. Desejo [com todo meu coração] aquilo que é jubiloso, e prometo pintar apenas o alegre”, escreveu Serov. Talvez seja por isso que seus retratos são sempre brilhantes, festivo e cheios de vida.

Serov alcançou a fama depois que suas pinturas “A Menina com Pêssegos” (1887) e “A Menina sub a Luz Solar” (1888) foram apresentadas ao grande público.

Seus retratos se distinguem por “retratarem a alma do objeto”.

“Crianças. Sasha e Yura Serov”, de Valentin Serov, 1899

Mestre do retrato psicológico, Serov era extremamente popular nos círculos da elite e chegou a fazer alguns retratos da família Romanov.

  1. Piotr Kontchalôvski (1876-1956)
“Flores (natureza morta com regador e flores)”, de Piotr Kontchalôvski, 1939

Como admirador de Paul Cézanne e da cultura europeia, Piotr Kontchalôvski procurou sua vocação em diferentes movimentos artísticos, como o impressionismo, o pós-impressionismo e o cubismo.

“Lilases em uma cesta”, de Piotr Kontchalôvski, 1933

Era uma pessoa alegre capaz de congelar a beleza da natureza em seus quadros de flores. Assim como o artista francês Renoir, o russo acreditava que “a dor passa e a beleza permanece”, tentando imprimir o lado positivo da vida.

  1. Nikolai Fechin (1881-1955)
“Sra. Fechin e filha”, de Nicolai Fechin, 1925

Fechin se tornou um artista ilustre em dois países, sua pátria russa e nos EUA, onde viveu por quase 30 anos. Na América do Norte, ficou conhecido por seus retratos de índios nativos, e na Rússia, por retratar a vida cotidiana.

Hoje, suas pinturas rendem quantias volumosas de dinheiro em leilões. A obra de Fechin “Little Cowboy” foi vendida por 6,9 milhões de libras esterlinas em 2010, tornando o artista um dos pintores mais valorizados da Rússia.

“Retrato de Varia Adoratskaia”, de Nicolai Fechin, 1914

Um de seus trabalhos mais importantes, o “Retrato de Varia Adoratskaia” (1914), é frequentemente comparado “A Menina com Pêssegos”, de Serov.

  1. Vladímir Baranov-Rossiné (1888-1944)

“O caminho no jardim”, de Vladimir Baranov-Rossiné, 1907

O artista iniciou a carreira criando uma série de obras impressionistas, porém, mais tarde, buscou o orfismo (movimento efêmero da pintura francesa que surgiu do cubismo por volta de 1912) e até criou as chamadas esculturas politécnicas compostas de materiais orgânicos e inorgânicos.

Depois de se formar na Academia de Artes de São Petersburgo, o pintor viajou para Paris e se estabeleceu em um bairro boêmio com Marc Chagall e Amedeo Modigliani como vizinhos. Suas pinturas impressionistas de natureza morta são consideradas “as mais elegantes” do estilo.

“Barcaças no rio Dniepre”, de Vladimir Baranov-Rossiné

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