Comparado com a Europa, o impressionismo teve um desenvolvimento bastante complexo na Rússia de 1860 a 1930. Durante esse período, os artistas combinaram vários estilos diferentes – por isso, as obras impressionistas e pós-impressionistas russas frequentemente se enquadram em outros gêneros artísticos, incluindo cezannismo, neoprimitivismo e simbolismo russo – o que o torna mais interessante.
A contribuição da Rússia para o movimento faz parte do acervo do Museu do Impressionismo Russo, onde está em cartaz atualmente a exposição “Esposas”, exibindo os retratos originais das musas dos pintores.
Rússia Beyond admira as obras dos pintores impressionistas mais emblemáticos do país.
“Paris. Boulevard des Capucines”, de Konstantin Korovin, 1906
Galeria TretyakovUm dos mais importantes impressionistas russos, Korovin foi inspirado pelo tempo em que passou em Paris, onde o movimento propriamente nasceu. O artista dedicou muitas pinturas à capital francesa: “Paris. Boulevard dos Capucines”, “Paris. Manhã”, e “Rua à noite. Paris” são algumas delas deles. Apreciado pelos franceses, o artista russo acabou sendo condecorado com a Ordem Nacional da Legião de Honra.
“À mesa de chá” de Konstantin Korovin, 1888
Museu da Residência PolenovO pintor também trabalhou em cenários para óperas, balés e peças de teatro, além de figurinos. No entanto, é mais lembrado por seus quadros.
“Janela Aberta. Lilases”, de Valentin Serov, 1886
Museu Nacional de Arte da Bielorrússia“No século atual, pinta-se apenas crueldade, nada gratificante. Desejo [com todo meu coração] aquilo que é jubiloso, e prometo pintar apenas o alegre”, escreveu Serov. Talvez seja por isso que seus retratos são sempre brilhantes, festivo e cheios de vida.
Serov alcançou a fama depois que suas pinturas “A Menina com Pêssegos” (1887) e “A Menina sub a Luz Solar” (1888) foram apresentadas ao grande público.
Seus retratos se distinguem por “retratarem a alma do objeto”.
“Crianças. Sasha e Yura Serov”, de Valentin Serov, 1899
Museu do Estado RussoMestre do retrato psicológico, Serov era extremamente popular nos círculos da elite e chegou a fazer alguns retratos da família Romanov.
“Flores (natureza morta com regador e flores)”, de Piotr Kontchalôvski, 1939
Museu do Impressionismo RussoComo admirador de Paul Cézanne e da cultura europeia, Piotr Kontchalôvski procurou sua vocação em diferentes movimentos artísticos, como o impressionismo, o pós-impressionismo e o cubismo.
“Lilases em uma cesta”, de Piotr Kontchalôvski, 1933
Galeria TretyakovEra uma pessoa alegre capaz de congelar a beleza da natureza em seus quadros de flores. Assim como o artista francês Renoir, o russo acreditava que “a dor passa e a beleza permanece”, tentando imprimir o lado positivo da vida.
“Sra. Fechin e filha”, de Nicolai Fechin, 1925
Coleção privadaFechin se tornou um artista ilustre em dois países, sua pátria russa e nos EUA, onde viveu por quase 30 anos. Na América do Norte, ficou conhecido por seus retratos de índios nativos, e na Rússia, por retratar a vida cotidiana.
Hoje, suas pinturas rendem quantias volumosas de dinheiro em leilões. A obra de Fechin “Little Cowboy” foi vendida por 6,9 milhões de libras esterlinas em 2010, tornando o artista um dos pintores mais valorizados da Rússia.
“Retrato de Varia Adoratskaia”, de Nicolai Fechin, 1914
Museu do Estado RussoUm de seus trabalhos mais importantes, o “Retrato de Varia Adoratskaia” (1914), é frequentemente comparado “A Menina com Pêssegos”, de Serov.
“O caminho no jardim”, de Vladimir Baranov-Rossiné, 1907
Museu do Impressionismo RussoO artista iniciou a carreira criando uma série de obras impressionistas, porém, mais tarde, buscou o orfismo (movimento efêmero da pintura francesa que surgiu do cubismo por volta de 1912) e até criou as chamadas esculturas politécnicas compostas de materiais orgânicos e inorgânicos.
Depois de se formar na Academia de Artes de São Petersburgo, o pintor viajou para Paris e se estabeleceu em um bairro boêmio com Marc Chagall e Amedeo Modigliani como vizinhos. Suas pinturas impressionistas de natureza morta são consideradas “as mais elegantes” do estilo.
“Barcaças no rio Dniepre”, de Vladimir Baranov-Rossiné
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