A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) certificou na terça-feira (30 de março) a holding União Química, fabricante da vacina russa contra covid-19 Sputnik V.
Este documento é obrigatório para o posterior registro de medicamentos no país e garante que a empresa cumpre todos os requisitos para a manutenção da qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos.
Até então, apenas a fábrica Inovat (de propriedade da União Química e localizada em Guarulhos, São Paulo) tinha sido certificada pela Anvisa para a produção da Sputnik V. Junto com a “União Química”, também a Janssen-Cilag Farmacêutica foi certificada na última terça-feira.
A União Química já implantou uma linha de produção da vacina russa. Segundo reportagem do jornal estatal russo Rossískaia Gazeta, o próximo da fila é o laboratório Bthek, também da União Química.
De acordo com a Agência Brasil (EBC), no caso da Bthek, “a União Química permanece em processo para a transferência tecnológica e instalação dos equipamentos necessários para a fabricação do insumo da vacina e ainda não requisitou a inspeção para início das atividades”.
Mas o jornal russo adianta que a instalação de equipamentos para a fabricação da substância ativa está sendo concluída na planta e a certificação será realizada após a conclusão desse processo.
Na quinta-feira (25), a União Química também entregou à Anvisa os documentos para certificação do uso emergencial da “Sputnik V” no país. Mas, no sábado (27), a Anvisa suspendeu a análise do pedido e alegou que faltavam documentos ao requerimento.
O Brasil comprou 47 milhões de doses da vacina russa “Sputnik V”. Desses, 10 milhões serão adquiridos pelo Ministério da Saúde e outros 37 milhões, pelo Consórcio Nordeste. As entregas do medicamento ao Brasil começarão em abril.
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