Um novo estudo realizado por cientistas de diversos países, como Rússia, Alemanha, África do Sul e Coreia do Sul mostra que, há vários milênios, os ancestrais de povos nativos norte-americanos viviam às margens do lago Baikal, na Sibéria.
Já havia sido comprovado que a população da América do Norte tinha se estabelecido no continente após atravessar o Estreito de Bering, ficando presa no gelo durante a última glaciação. Mas a origem dessas populações só tinha sido rastreada até a região de Kolima, no nordeste da Rússia.
Segundo o última estudo, publicado na revista científica “Cell”, uma nova comparação genética permitiu traçar a rota das migrações humanas até o sul do lago Baikal, ou seja, a mais de 4.700 quilômetros do Estreito de Bering.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o DNA de 19 indivíduos que viveram, entre 4.000 e 14.000 anos atrás, perto do Baikal, o lago de água doce mais antigo do mundo.
Ao descobrir que alguns componentes-chave de seus genomas foram encontrados nos dos índios americanos e seus ancestrais que viviam em Kolimá, os especialistas concluíram que o Baikal foi um local onde ocorreu uma mistura de diferentes populações, entre elas os antigos povos do norte da Eurásia, do nordeste da Ásia e dos índios que depois migraram para a América.
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