Um pássaro de de 46 mil anos foi encontrado preso no permafrost russo pelo paleontologista Love Dalén, do Museu de História Natural da Suécia, que atualmente estuda um túnel de gelo com cerca de sete metros de profundidade na Sibéria.
Não oficialmente chamado de "icebird" (pássaro do gelo), ele foi identificado como sendo do sexo feminino e, mais tarde, como aparentado da cotovia costeira (Eremophila alpestris) e antepassado comum de duas espécies que hoje habitam a Rússia e a Mongólia.
Segundo os especialistas, este é o primeiro espécime encontrado na região de uma ave do Pleistoceno (era geológica que começou há 2,58 milhões de anos e terminou há 11.700 anos). É uma descoberta de importância considerável, assim como os numerosos animais que foram encontrados no gelo da Sibéria nos últimos anos, desde mamutes a canídeos.
“Esses restos são de grande interesse para a paleontologia, já que proporcionam uma melhor compreensão do impacto das mudanças climáticas nas espécies. Além disso, como esse tipo de canais congelados geralmente é muito bem preservado, ele permite o estudo de características morfológicas, assim como a ecologia e evolução de uma variedade de espécies animais extintas ou ainda existentes”, diz a publicação.
Essa espécie de cotovia se destaca por seu modo de vida em espaços abertos, como as estepes que cobriam as extensões da Sibéria, hoje dominadas por florestas de coníferas.
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