Crânio de leão-das-cavernas, extinto há 30.000 anos, é encontrado na Sibéria

Ciência e Tecnologia
IGOR ROZIN
Descoberta foi feita em área onde serão construídas novas moradias. Além de ossos de animais, foram achados também mais de 2.000 ferramentas de trabalho antigas.

Um grupo de arqueólogos encontrou em Krasnoiarsk, na Sibéria, um lugar onde os caçadores da Idade da Pedra desmembravam animais. Entre os restos mortais, os especialistas encontraram o crânio de um leão-das-cavernas (Panthera leo spelaea).

A descoberta, que pertence ao Paleolítico, teria entre 20.000 e 30.000 anos. As escavações foram realizadas em um local onde novas casas estão sendo construídas.

“Durante as escavações (...) foi encontrado um material arqueológico e de paleofauna [fauna da Idade da Pedra] interessantes. Trata-se principalmente de ossos de cavalos, renas, veados e bisões. Entre eles estava a cabeça de leão-das-cavernas, que agora está sendo analisada em laboratório”, disse à agência TASS Ígor Filátov, representante da organização de Geoarqueologia de Krasnoiarsk.

Segundo o especialista, esse tipo de descoberta é rara na Sibéria e na Rússia em geral.

Os arqueólogos também descobriram uma grande quantidade de instrumentos de trabalho antigos: lascas, furadores, e ferramentas para cortar. “No total, existem mais de 2.000 objetos. Nesse local, o homem das cavernas abria as carcaças de animais, quebrava os ossos e removia a medula óssea”, diz o arqueólogo.

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Os leões-das-cavernas eram felinos enormes de uma espécie já extinta. Eles viveram nos territórios da Europa e da Sibéria na última fase do Pleistoceno (300.000 a 10.000 anos atrás). Este animal foi amplamente representado na arte pré-histórica.