Caça Su-30 venezuelano intercepta avião espião dos Estados Unidos

Alex Beltyukov [CC BY-SA 3.0 GFDL 1.2]
Incidente ocorreu em meados de julho sobre o mar do Caribe.

No último dia 19, a notícia de que um caça russo das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) havia interceptado uma aeronave americana no Caribe foi parar nas manches na imprensa mundial.

Os Estados Unidos acusam o piloto venezuelano de ter perseguido “agressivamente” o avião dos EUA e de colocar em risco a tripulação e o veículo. Ainda  de acordo com os americanos, a aeronave avião estava no espaço aéreo internacional.

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No entanto, o Ministério da Defesa venezuelano garante que o EP-3 havia violado o espaço aéreo do país latino-americano e não respondeu aos chamados. Mas, afinal, que avião foi usado pelos militares da Venezuela?

8 curiosidades sobre o Su-30

No modo de combate ar-ar, o Su-30 pode seguir dez alvos inimigos simultaneamente, classificando-os de acordo com perigo apresentado, e pode atacar ao mesmo tempo dois desses alvos escolhidos pelo piloto.

Pode também realizar missões de ataque naval, transportando mísseis do tipo “ar-superfície”, ou missões de ataque com voos rasantes sobre o mar, semelhantes aos executados pelo avião francês Dassault-Breguet Super Étendard, que revolucionou o combate naval moderno na Guerra das Malvinas.

Em 2004, durante os exercícios militares chamados “Cope India”, aviões Su-30 da Força Aérea indiana realizaram batalhas de treinamento contra caças F-15, dos EUA. O resultado foi impressionante: 9 a 1 a favor dos pilotos indianos.

Este caça russo é capaz de voar com estabilidade em ângulos de ataque de 30º e realizar a “Cobra de Pugatchov”, uma acrobacia aérea que consiste em erguer o nariz do avião para formar um ângulo de 120º, reduzindo drasticamente a velocidade em poucos segundos, mas sem perder altitude.

Os Su-30 indianos são os únicos fora da Rússia equipados com mísseis K-100, cujo alcance é de até 400 quilômetros. Esses mísseis são eficazes contra alvos como aviões AWACS (com sistema de vigilância aérea eletrônica por radares) e petroleiros.

No ano passado, foi anunciado que os Su-30 seriam equipados com o novo sistema de navegação de pontaria de aviação SVP-24 Gefest. Isso aumentará a precisão de todos os sistemas de armas não guiados, tanto de bombas quanto de mísseis. Além do mais, será instalado também um sistema de navegação adicional, chamado SOLT-25 – de ótica eletrônica, aumenta as possibilidades de navegação do avião, possibilitando operar em qualquer tipo de condições climáticas, seja dia ou noite.

Os Su-30 da Força Aérea venezuelana dispõem do projétil antinavio supersônico Kh-31, capaz de atingir um navio inimigo a 160 km de distância. Suas versões mais modernas também podem transportar uma ogiva de até 110 kg de explosivos – o que é suficiente para afundar um navio de 4.500 toneladas.

Em setembro de 2015, caças do Su-30SM foram implantados pela primeira vez na Síria. Durante combate na região, as máquinas ‘iluminaram’ alvos para bombardeiros que lançavam ataques aéreos contra grupos de terroristas islâmicos.

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