(Recomenda-se verificar os horários de transporte no site do Yandex.)
De trem. É bastante conveniente viajar de trem de Moscou a Vologda. O trem expresso diurno mais rápido leva aproximadamente 6 horas e 37 minutos e chega tarde da noite. Ou também é possível pegar um trem noturno e, em cerca de 8 a 9 horas, chega-se a esta cidade do norte no início da manhã.
De ônibus. Há vários ônibus partindo de Moscou e também há rotas com partida direta dos três principais aeroportos da cidade. Em média, a viagem leva de 8 a 10 horas, mas há mais flexibilidade de horários de partida.
De avião. Esta não é a maneira mais popular de viajar a Vologda, devido às distâncias de e para cada aeroporto etc. Mas, se ainda assim optar por voar, o tempo real de voo é de apenas 90 minutos.
De carro. A distância de 500 km de Moscou pela rodovia M-8 pode ser percorrida em cerca de sete horas. E, viajando dessa forma, vale a pena parar para almoçar na adorável cidade de Iaroslavl.
Casa de madeira em Vologda.
Aleksêi Lébedev/SputnikAcorde e vá à cafeteria local ‘Sladosti & Radosti’ (Doces e Alegrias, em português) e encha-se de calorias saudáveis: aveia, ovos, torrada com abacate etc. Os moradores da cidade também recomendam draniki (panquecas de batata) no café “In Coffee We Trust” e croissants na padaria “Kraffin”.
Se não for muito fã de sentar para tomar café da manhã, também há possiblidade de passar em uma das inúmeras padarias da cidade, pegar um salgado fresco, café ou chá — ou melhor ainda, kefir de Vologda, riajenka ou iogurte líquido de qualquer mercado — e partir para explorar a cidade.
Barcos a motor no rio Vologda.
Legion MediaRecomendamos ver a cidade da água. Os barcos de turismo ficam atracados no cais do Aterro 6-y Armii (do 6º Exército) e seguem ao longo do rio Vologda a cada 90 minutos. A excursão leva cerca de uma hora, em média; no trajeto, estão e pontes, a incomum igreja de Dmítri Prilutski com cúpulas pretas, o Kremlin local e o primeiro museu da cidade – a casa-museu de Pedro, o Grande, bem como uma estação fluvial meio abandonada, porém muito colorida.
Vista aérea do Kremlin de Vologda, com a Catedral de Santa Sofia à direita.
Getty ImagesSe você já esteve em Moscou ou em outras cidades com kremlins antigos (aqui está uma lista de alguns), Vologda irá surpreendê-lo. O kremlin local não é cercado por uma poderosa muralha de fortaleza.
Havia muros no passado — quando a fortaleza foi fundada em meados do século 16 por Ivan, o Terrível, e resistiu aos ataques de poloneses e lituanos. Entretanto, no início do século 19, Vologda deixou de ser um posto avançado e os muros e torres do kremlin foram desmantelados.
Os muros baixos que podem ser vistos hoje nada mais são do que a cerca do pátio do bispo, que antes era apenas uma parte do complexo.
Residência do bispo ortodoxo no Kremlin de Vologda.
Getty ImagesA principal atração do Kremlin é a Catedral de Santa Sofia, construída no século 16, e seus afrescos. Preste atenção no ícone do templo – Sofia, a Sabedoria de Deus. A tradição de dedicar templos a Sofia veio para a Rússia de Bizâncio (a principal catedral de Constantinopla, hoje Istambul, também é dedicada a Santa Sofia). Kiev e Nôvgorod tinham templos similares.
Dentro do atual Kremlin encontra-se o Museu-Reserva de Vologda, com exposições dedicadas à história da cidade e à Diocese da Igreja de Vologda. Não deixe de visitar o Museu da Renda e admirar as famosas obras das artesãs locais. Lá, você pode aprender sobre o artesanato popular — tecendo os melhores padrões em bobinas especiais (descubra como funciona aqui).
Atenção: de segunda e terça, o Kremlin e seu museu ficam fechados.
Vale a pena conhecer o ‘Myaso’ (‘Carne’), um dos restaurantes mais elegantes de Vologda, inaugurado pelo famoso chef e apresentador de TV Konstantin Ivlev. O estabelecimento se distingue por sua localização, pois a varanda fica de frente para o rio Zolotukha, que deságua em uma ravina.
Também há muitos outros restaurantes, cafés e famosas redes de fast-food em Vologda. Por exemplo, você pode almoçar na pizzaria democrática ‘Chikibamboni’ ou no café georgiano ‘Adjika’. Outra opção é saborear a autêntica culinária russa no restaurante ‘Drova’ ou em uma das tantas cantinas públicas (como, por exemplo, ‘Madame Povari’ ou ‘Krasny Most’).
Após o almoço, faça uma caminhada no Jardim do Kremlin e aproveite para tirar uma foto com o monumento à letra ‘O’. A região de Vologda é famosa por seu dialeto do norte da Rússia, que se distingue sobretudo pela pronúncia clara da letra “O” — “okanie” (enquanto, na Rússia central, tende-se a pronunciar algo entre O e A quando o O não está na sílaba tônica — “akanie”).
Monumentos à letra ‘O’ (à esq.) e ao primeiro poste elétrico (à dir.)
Aleksandra GúzevaEm Vologda em si, os moradores não pronunciam o “O” tão obviamente, porém, se visitar qualquer vila fora da cidade, certamente encontrará locais que falam neste dialeto do norte.
Ao deixar o Jardim do Kremlin, vá conferir a “paliçada esculpida”, o ponto turístico local. Trata-se de uma cerca com o padrão que foi destaque em uma música famosa sobre Vologda e é bem conhecida em toda a Rússia.
Dentro da casa com a cerca esculpida, fica um centro de exposições de artes e ofícios tradicionais.
Cerca de madeira esculpida, a famosa “paliçada”.
Getty ImagesDepois, reserve um tempo para passear lentamente pela Rua Blagoveshchenskaya: a maior concentração de belas casas de madeira com cercas e platibandas esculpidas pode ser encontrada ao longo dela.
Curiosamente, muitas dessas casas têm duas portas, uma ao lado da outra. A questão é que esses casarões de dois andares foram construídos inicialmente para aluguel; desse modo, poderiam ser divididos em apartamentos e cada locatário teria uma entrada independente. Varandas esculpidas também são uma característica local da cidade de Vologda.
Casa de madeira no centro da cidade de Vologda.
Getty ImagesDepois de cruzar a ponte Oktyabrsky para o outro lado do rio Vologda, visite as charmosas igrejas antigas de São João Crisóstomo e de São Dmítri Prilutski, que podem ser vistas a partir da água. Caminhe ao longo da margem até a ponte pedonal Krasny (Vermelha, em português) e atravesse o rio de volta.
Depois de se cansar e perceber que fez o dobro de passos diários, sente-se e relaxe na varanda sombreada do ‘Vinoven Bar’, admire os abetos ao redor, enquanto saboreia os aperitivos e uma taça de vinho ou um coquetel. Você também pode jantar no ‘Restaurante Montblanc’, perto da paliçada esculpida, ou tomar infusões no Botanic Herbarium Bar. Já no restaurante Parovozov, as bebidas e comidas são trazidas à mesa por pequenos vagões de trem.
Após o jantar, você pode caminhar até a praça Komsomolsky, onde toda a cidade se reúne à noite e nos fins de semana. Ou vá ouvir músicos de rua na ponte Kamenny; aproveite para tirar uma foto do tempestuoso rio Zolotukha.
Você pode deixar Vologda no mesmo dia com o trem noturno. Mas vale a pena ficar e visitar o Mosteiro Spaso-Prilutski, nos arredores da cidade, bem como o museu arquitetônico e etnográfico ao ar livre Semyonkovo.
Se puder passar mais alguns dias na Região de Vologda, tente visitar o famoso Mosteiro Ferapontov, onde estão os afrescos preservados de Dionísio (um patrimônio da Unesco, por sinal). Também ali está o maior mosteiro da Rússia — o Mosteiro Kirillo-Belozérski (São Cirilo do Lago Branco).
Mosteiro Kirillo-Belozérski
Iliá Timin/TASSOutras atração são: Belozersk, uma das cidades mais antigas da Rússia; Tcherepovets, a cidade dos metalúrgicos; ou Totma, que tem igrejas em seu estilo barroco original. No inverno, é obrigatório visitar Velíki Ustiug, que abriga a residência de Ded Moroz, o ‘Papai Noel russo’.
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