Este museu da Guerra Fria está localizado a uma profundidade de 65 metros entre a estação de metrô Taganskaya e a margem Kotelnicheskaya. A sua proximidade com o Kremlin não é mera coincidência: no caso de ameaça nuclear, o governo poderia ser transferido para lá para continuar o comando do país. Esta é uma das maiores instalações para fins especiais: sua área é de 7.000 metros quadrados e pode acomodar até 600 pessoas.
O abrigo foi projetado em 1947. Até 1954, os sistemas de suporte à vida estavam prontos e as comunicações, montadas. Dois anos depois, o posto de comando da reserva do quartel-general da aviação de longo alcance começou a funcionar a partir dali — até meados da década de 1980, os bombardeiros nucleares estratégicos soviéticos eram comandados a partir deste posto.
Atualmente, o espaço reconta o confronto entre a URSS e os EUA durante a Guerra Fria e como o bunker foi projetado para proteção em caso de um ataque nuclear. A exposição inclui uma réplica em tamanho real da bomba atômica RDS-1, equipamentos de comunicação secretos e diversos artefatos relacionados aos trabalhos da instalação subterrânea. O museu oferece excursões interativas; e os mais corajosos podem praticar Zarnitsa – um jogo esportivo e militar popular na época soviética – e laser tag em seus túneis.
O abrigo civil antinuclear da Refinaria de Açúcar Krasnopresnensky Mantulin, construído em 1972, foi transformado recentemente em museu. Na exposição é possível ver tudo o que se esconde nas profundezas da capital — masmorras e abrigos, porões antigos e habitantes do metrô.
Uma grande seção é dedicada aos abrigos civis – estrutura, vida cotidiana e equipamentos. Pode-se, por exemplo, folhear uma edição de 1972 do jornal ‘Pravda’, saber como foi realizado o tratamento especial de quem chegou da zona contaminada e examinar trajes de proteção química e biológica — além de girar a alavanca do sistema de purificação de ar com as próprias mãos.
O edifício discreto do Bunker-703 parece um depósito agrícola ou uma garagem. Foi projetado dessa forma para que ninguém adivinhasse que dentro dele havia um arquivo especial do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Nas instalações do túnel tecnológico, construído durante a construção da linha de metrô Zamoskvoretskaya, existiam cofres à prova de fogo com documentos secretos importantes. A proximidade com o metrô teve seu impacto: as instalações foram inundadas algumas vezes até serem declaradas inseguras.
Desde 2018 funciona ali um museu, a 43 metros do solo. Não espere glamour, e sim uma atmosfera steampunk por trás de pesadas portas de segurança. A exposição inclui modelos de estruturas de defesa, materiais e equipamentos especiais sobre abrigos soviéticos. Bônus: um túnel incrível em um dos blocos que renderia um filme de ficção científica apocalíptico agora mesmo!
O nome completo deste museu, localizado em Izmailovo, é ‘Posto de Comando da Reserva do Comandante-em-Chefe Supremo do Exército Vermelho I.V. Stálin durante a Grande Guerra Patriótica de 1941-1945’. Fica situado na arquibancada do Estádio Izmailovo. A instalação esportiva começou a ser construída nos anos 1930 — um estádio gigante com capacidade para pelo menos 120 mil pessoas seria erguido para o ‘Spartakiade’ dos Povos da URSS. Mas, devido à Segunda Guerra Mundial, o projeto foi congelado e só retomado na década de 1960, porém sem o escopo original. Restaram do projeto original apenas uma arquibancada e um túnel de setenta metros, por onde convidados importantes subiriam ao camarote do governo.
O museu-bunker funciona aqui desde 1996: o gabinete de Stálin, uma sala de jantar em estilo georgiano e a sala de reuniões do Quartel-General do Comandante-em-Chefe Supremo foram recriados nas instalações. Mas a exposição não é tanto histórica: o próprio Stálin nunca esteve ali e não havia planos para construir um abrigo propriamente como aquele.
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