Em 2023, o teatro Mariínski — fundado por decreto da imperatriz Catarina 2ª — completou 240 anos. Quando surgiu, pertencia e estava subordinado à corte real, sendo financiado por ela. Seu repertório era composto por óperas italianas, música de câmara, balés e encenações dramáticas francesas e russas.
Em 1802, o coreógrafo francês Charles Didelot reuniu a trupe de balé dos teatros imperiais. Em 1847, outro coreógrafo francês, Marius Petipa, foi convidado pela trupe e treinou diversas gerações de dançarinos profissionais na Rússia. Ele montou mais de 40 espetáculos no país, transformando o balé russo em um dos melhores do mundo.
O teatro foi intitulado Mariínski em homenagem à imperatriz Maria Aleksándrovna, mulher de Alexandre 2°, que era uma grande admiradora da arte teatral.
Após a Revolução Bolchevique, o teatro perdeu seu título histórico — nada deveria lembrar a época tsarista. A partir de 1935, o teatro recebeu o nome de um líder revolucionário, Serguêi Kírov – o povo chamava-o de Teatro Kírov.
Após a queda da URSS, em 1992, o nome histórico do teatro, Mariínski, foi retomado a pedido de seu novo diretor artístico, Valéri Guérguiev,
O Teatro Mariínski preza pelo seu patrimônio e preserva óperas e balés históricos, garantindo assim a continuidade entre as diferentes gerações. Os balés lendários de Marius Petipa “Le Corsaire”, “Don Quixote”, “La Bayadere” e “Giselle”, assim como as antigas óperas de Glinka e Tchaikovsky e o “Boris Godunov”, de Modest Mussorgski, são montadas em seus palcos até hoje.
O repertório traz também as principais estreias do século 20: “A Sagração da Primavera” e “Petruchka”, de Ígor Stravinski, e “O Amor por Três Laranjas” e “Romeu e Julieta”, de Serguêi Prokofiev.
Mas os cartões de visita do Mariínski são dois clássicos: “O Quebra-Nozes”, de Piotr Tchaikovsky, e “Conto de Natal”, de Rodiôn Schedrín.
Aberto em 1919 pelo escritor Maksim Górki e pela atriz Maria Andreeva, foi um dos primeiros teatros soviéticos.
Sua primeira apresentação foi “Don Carlos” de Schiller.
Nos primeiros anos de existência, o poeta Aleksandr Blok e o artista Boris Kustodiev trabalharam em suas performances. Por mais de trinta anos, este teatro foi dirigido por Geôrgui Tovstonogov e hoje leva o seu nome.
De aparência contida e austera, o Teatro Mikháilovski surpreende pelo luxo imperial em seu interior. O prédio do teatro foi construído junto ao Castelo Mikháilovski, residência do grão-duque Mikhail Pávlovitch. Johann Strauss, Lucien Guitry e Fiodor Chaliápin atuaram no teatro.
Hoje, o repertório do teatro inclui balés clássicos coreografados por Nacho Duato e Mikhail Messerer e óperas encenadas por Eric Vigier.
O fundador deste teatro, Boris Eifman, chama o balé de arte profundamente religiosa. Ele criou sua “dança de emoções” misturando a escola clássica russa e a vanguarda do balé. Na performance, os atores de teatro não transmitem apenas imagens, mas refletem sobre as questões mais complexas do universo.
O repertório é baseado em clássicos da literatura: “Anna Karênina”, “Hamlet Russo”, “O Efeito Pigmalião”, “A Gaivota” e outros.
É o primeiro teatro público da Rússia, criado pela imperatriz Isabel da Rússia “para a apresentação de tragédias e comédias”.
Foi no Aleksandrinski que ocorreu a estreia de “O infortúnio da razão” de Griboiedov e “Boris Godunov” de Púchkin.
Um dos teatros mais alegres de São Petersburgo foi aberto em 1929. Na década de 1930, o compositor Isaac Dunaiévski e o coreógrafo Kasian Goleizôvski trabalharam aqui. Durante o Cerco a Leningrado, o Teatro de Comédia Musical foi o único que não fechou as portas e funcionou durante todos os 900 dias.
Atualmente, o repertório do teatro inclui operetas e musicais clássicos e modernos russos e ocidentais.
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