Os dois observatórios astronômicos da Universidade Federal de Kazan tornaram-se, coletivamente, o 32º local do Patrimônio Mundial da Unesco na Rússia (e o 21º entre os locais culturais do país).
De acordo com o Ministério da Cultura russo, o local “representa o fio ininterrupto da história, da ciência e da cultura desde o seu trabalho pioneiro no desenvolvimento da astronomia, astrofísica e geodésia espacial no século 19 e início do século 20 até os dias de hoje”.
A Universidade de Kazan, uma das mais antigas da Rússia, conta com dois observatórios astronômicos: um no centro de Kazan, e o outro, na periferia da cidade. Ambos preservaram instrumentos de observação antigos e únicos.
O primeiro, o Observatório Astronômico da Cidade de Kazan, foi fundado em 1811 pelo cientista austríaco Josef Litrov, o primeiro chefe e professor do departamento local de astronomia. Em 1838, o edifício permanente do observatório foi concluído no campus da Universidade: a mansão semicircular com três torres abobadadas onde foi instalado o equipamento de observação.
Com o tempo, porém, percebeu-se que não era conveniente observar as estrelas a partir do centro da cidade, por causa da intensa iluminação artificial. No final dos anos 1890, o astrônomo russo Vassíli Engelhardt doou equipamentos de seu observatório de Dresden para a Universidade de Kazan.
Na época, o imperador destinou recursos que permitiram a construção de outro observatório – desta vez fora da cidade. O observatório astronômico que fica na periferia da cidade (e leva o nome de Engelhardt) foi inaugurado em 1901. Em 2013, foi aberto também um planetário neste observatório.
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