1. A história da Rússia no coração de Moscou
Um turista que visita Moscou pela primeira vez pode querer ir à Praça Vermelha, onde se encontrará no epicentro da vida russa, com seus populares entretenimentos, mercados de Natal e de verão, a loja de departamentos GUM e butiques de luxo. Mais importante ainda: ali o turista está no coração de séculos de história russa, com o Kremlin, o Mausoléu de Lênin, a Catedral de São Basílio e muito mais. Tudo ali tem muita história!
Mas, estando ali, você pode ficar intrigado em saber mais sobre os eventos que ocorreram no local e visitar o colossal prédio vermelho escuro que parece tão antigo quanto o próprio Kremlin. Sua aparência é enganosa, porém, porque o edifício surgiu apenas no final do século 19, projetado em estilo neo-russo, para que não destoar do resto da Praça Vermelha.
- Toda a dinastia Romanov em uma só imagem
O primeiro objeto a saudar todos que adentram o Museu Estatal de História é um imenso afresco no teto da frente do salão cerimonial. Na parede, há uma árvore genealógica da dinastia Romanov composta por 68 retratos de governantes russos.
Este é um dos itens mais notáveis do museu e, aliás, todas as crianças russas se recordam dele após as excursões da escola ali.
Há uma curiosa história de como essa imagem apareceu ali. De acordo com o projeto inicial, o hall de entrada do museu deveria ter sido dedicado a temas da Rússia antiga. Mas, depois que a família imperial doou fundos para tornar possível a construção do museu, os fundadores decidiram expressar sua gratidão por meio desse afresco.
3. Uma viagem de volta ao tempo do boiardo Terem
Enquanto trabalhavam no conceito de exposição do museu, seus fundadores discutiam sobre em que deveriam focar: vitórias militares gloriosas, itens que mostravam como era a vida antiga e as famílias russas, ou talvez pinturas que mostrassem os eventos mais importantes da história da Rússia?
No final das contas, eles exibiram tudo isso ao mesmo tempo. Os principais artistas da época foram convidados para fazer desenhos para o design interior do museu. Assim, quando passear pelos corredores, preste atenção nos esplêndidos murais nas paredes e nos tetos. Todos eles são decorados de acordo com o tema de cada salão em particular, e seus ornamentos e arcos lembram um palácio tsarista medieval.
4. Cultura russa: dos ídolos pagãos ao império
Diversos salões são dedicados a descobertas arqueológicas que contam como as pessoas viviam no território da Rússia muito antes da centralização do Estado. Entre elas, estão cerâmica da Idade da Pedra, instrumentos de trabalho e armas primitivas de antigas tribos da Sibéria.
O museu dá atenção especial à história pré-cristã da Rússia, com símbolos pagãos, ornamentos e ídolos. Os objetos relembram as divindades da antiga fé eslava. Os salões são organizados em ordem cronológica para que se possa acompanhar a história desde os tempos antigos, a invasão tártara e a era de Pedro, o Grande, até a era moderna, com seu progresso técnico.
O museu tem uma enorme coleção de objetos imperiais, assim como armas de diferentes épocas, ícones e joias.
Aliás, já que os visitantes do museu dono século 19 (assim como os contemporâneos) não conseguiam imaginar como as pessoas viviam nos séculos anteriores, os artistas o fizeram por eles. Isso é algo que você não encontrará em nenhum outro lugar: paredes decoradas com ornamentos e imagens simbólicas de diferentes regiões do país. O renomado artista Víktor Vasnetsov, por exemplo, ilustrou de maneira surpreendente a Idade da Pedra.
O salão dedicado à unificação da antiga Rus está decorado com um panorama do “Kremlin de Moscou no início do século 15”.
5. Exposições temporárias
Além de sua grandiosa exposição permanente, o Museu de História é conhecido por suas exposições temporárias. Verifique o site com antecedência para saber de que se tratam as exposições temporárias em cartaz quando você estiver por lá.
Além disso, o edifício principal do museu fica na Praça Vermelha, mas também há várias filiais nas proximidades, entre elas outro edifício vermelho em estilo neo-russo que abriga o Museu da História da Guerra de 1812; a Câmara dos Boiardos dos Romanov, construída no final do século 15 e início do século 16 e a Catedral de São Basílio, na Praça Vermelha.
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