Por mais de um mês, a Praça Vermelha foi tomada por turistas com bandeiras e rostos pintados, e o batuque dos torcedores, sobretudo brasileiros.
“A organização local está perfeita, realmente, as pessoas fizeram o melhor que puderam”, disseram Amal e Kamal, da Tunísia. “Onde quer que vá, você encontra balcões de informações, e esses jovens voluntários estão sempre tentando ajudar. As pessoas são muito calorosas e estão tentando compartilhar com a nossa felicidade, nossas músicas, é como um grande festival. Muito bem, Rússia!”.
Transmissão onipresente
A parisiense Marie estuda no Canadá e está prestes a continuá-los em São Petersburgo. A ideia foi visitar a Copa do Mundo para conhecer o país de antemão. “A imprensa nos diz coisas bem diferentes – que a Rússia é fria e hostil, que as pessoas são totalmente controladas pelo governo... Que a Rússia é obscura e antiquada – mas tudo é tão diferente! Eu nunca esperei que seria tão fácil ver os jogos. Mesmo se eu não tivesse um ingresso e não quisesse ir para uma faz zone. Eu podia ver as transmissões em telas por toda parte, até no metrô”, diz.
As desvantagens das boas-vindas russa
Uma das principais dificuldades associadas a estar na Rússia é a língua, segundo a maioria dos torcedores estrangeiros. Muitos comentaram que ninguém fala inglês no país, e é difícil encontrar os caminhos, mesmo que haja diversas placas no idioma.
“A língua é a principal dificuldade. Neste belo país ninguém fala inglês”, diz Claudia, também da Tunísia, parada em frente à Catedral de São Basílio. A tunisiana também acredita que os organizadores falharam no “número insuficiente de sinalizações”.
Apesar de ter enfrentado problemas semelhantes, a família espanhola de quatro pessoas descreveu a passagem pelo país como “fácil”. “As pessoas sempre nos ajudavam, e os voluntários da Fifa também estavam sempre lá para os turistas. Ficamos realmente surpresos com o nível de hospitalidade – os moradores locais não falam inglês, mas isso não torna a comunicação ou a estadia impossível”.
WCs para a Copa do Mundo
Olhando para o marido, Amal diz: “A única coisa que eu não conseguia entender é que banheiros são misturados onde quer que a gente vá, e homens e mulheres têm que usar o mesmo lugar. Já estivemos em muitas cidades do mundo, mas é a primeira vez que vemos algo assim. Para nós, foi um tipo de choque cultural”. Os banheiros aos quais ela se refere, porém, eram WCs móveis, que foram especialmente instalados para os eventos em massa. Não se trata, portanto, de uma prática comum e pode-se facilmente encontrar cabines separadas para mulheres e homens em qualquer cidade.
A questão do metrô
As cidades fizeram o possível para tornar o complexo sistema de metrô compreensível e claro para os recém-chegados, mas, de acordo com parte dos entrevistados, não foi o suficiente. Ainda assim, um estrangeiro surpreendeu com a sua atitude em relação ao conteúdo não inglês: “Eu sempre peguei o metrô e isso não é um problema. O alfabeto [cirílico] aqui é diferentes, mas consigo entender agora.”
Identidades mágicas
“Tudo foi muito fácil, especialmente porque o transporte público era gratuito, pudemos usar nossos Fan IDs (identificação de torcedor) em todos os lugares. A Rússia pareceu ser muito amigável. Os Fan IDs funcionaram até em museus. É uma ótima oportunidade – viemos para os jogos e de quebra curtimos uma agenda cultural completa ”, contou um dos visitantes do Reino Unido.
Sensação de estar em casa
Os respondentes mais expressivos foram os brasileiros.
“Vou dizer aos meus amigos no Brasil que eles estão perdendo o melhor momento de suas vidas. As pessoas aqui são tão calorosas, de coração tão aberto, acolhedor ... quando cheguei, não conseguia parar de sorrir: paisagens, pessoas, isso e aquilo. acho que esse é o mundo ideal porque une as pessoas, não sei qual é a energia que faz tantas pessoas adorarem a Copa do Mundo da Rússia, mas está funcionando muito bem, a energia que senti aqui é a mesma como se estivesse em casa”, diz Walles.
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