5 motivos para visitar o novo museu Centro Guiliaróvski

Viagem
ALEKSANDRA GUZEVA
Se você quer mergulhar fundo na história da capital russa, descobrir suas joias escondidas e ver como era a cidade há muitos e muitos anos, este museu definitivamente valerá a visita!

1. Fica no coração de Moscou

A dez minutos a pé do Kremlin e apenas cinco do Teatro Bolshoi está a alameda Stolechnikov Pereúlok, cheia de butiques luxuosas, bares e casas noturnas, como o lendário bar Simatchev, com sua fachada folclórica de pintura khohklomá.

O museu fica localizado em uma mansão com pátio construída no início do século 20. No segundo andar, as vigas de madeira originais não falham em impressionar.

Na era soviética, a mansão foi segmentada com diversas paredes divisórias, dando origem a apartamentos comunais, as chamadas “kommunalkas”.

Mas, depois da reforma recente, ficou completamente diferente do que era no período soviético. Funcionários do museu dizem que os moscovitas visitam o local, por vezes, só para ver como ele ficou agora.

  1. Revela os segredos de Moscou

Os russos são loucos por casas-museus homenageando personalidades importantes. Mas o Centro Guiliaróvski é uma exceção, pois, apesar de inspirado em Vladímir Guiliaróvski, não se restringe a narrar sua vida e obra.

Renomado jornalista moscovita e lenda da cidade do final do século 19 e início do século 20, ele escreveu dois livros baseados em suas explorações da cidade.

O mais famoso é “Moscou e moscovitas”, que relata o heroísmo do trabalho de repórter durante sua vida.

Entre os trechos mais impressionantes da obra, estão suas investidas na área Khitrovka de Moscou, conhecida por seu passado criminoso. Todos os mendigos e prostitutas conheciam e respeitavam Guiliaróvski. Ele chegou até mesmo a levar os atores de Stanislávski a esses locais obscuros para inspirar suas encenações de personagens sinistros nos palcos.

Guiliaróvski vivia na casa ao lado, a de número sete, que ganhou uma placa memorial especial. Dentro do Centro Guiliaróvski também é possível ver o antigo escritório do jornalista, que foi reformada.

3. Interativo e moderno

Este museu não tem nada em comum com a maioria dos estabelecimentos soviéticos, cujas exposições e interiores nunca foram mexidos desde a inauguração. Ele foca o urbanismo, a história local de Moscou e a vida social da cidade.

Ele não terá exibições permanentes, mas sim novas exposições e instalações sempre.

“Guiliaróvsky explorou e descreveu Moscou por meio das vidas de diversas pessoas, então este é um lugar para todos, um museus onde domina a pessoa, o residente da dinâmica megacidade atual. Os arquitetos, artistas, etnógrafos e as diversas comunidades da cidade de Moscou não serão apenas visitantes, mas também coautores dos projetos”, diz a diretora do museu, Alina Saprikina.

No momento, o Centro Guilaróvski tem duas exposições: uma delas reconstrói o modo como as ruas da área de Kitái-Górod (a “China town” moscovita) eram há séculos atrás.

A outra é dedicada ao poeta e mitologista da cidade Dmítri Aleksandrovitch Prigov. Apesar de ele já ter morrido, no centro ele é trazido de volta à vida para mostrar um guia em vídeo pela cidade.

  1. Visitas guiadas em inglês

As informações no museu estão dispostas principalmente em russo, mas serão traduzidas para turistas estrangeiros antes da Copa do Mundo™ 2018. Os funcionários do museu falam inglês e estão a postos para explicar as exposições.

O museu é uma filial do Museu de Moscou, que tem um escritório de turismo e oferece visitas guiadas por Moscou em inglês – entre elas, para o Centro Guiliaróvski.

O melhor é reservar excursões com antecedência. Para mais informações, acesse o site: mosburo.com.

5. Um dos melhores novos museus europeus

Recentemente, o jornal britânico The Guardian incluiu o CentroGuiliaróvski Center em sua lista de 13 novas galerias e museus imperdíveis a Europa.

O estabelecimento figura ao lado de locais como a Fundação Galerias Lafayette, em Paris, o Museu Nacional da Suécia, em Estocolmo, o Museu Street Art Hoje Lasloods, em Amsterdã e de muitos outros.

“Levando o nome do jornalista Vladímir Guiliaróvski, um cronista da vida na Moscou pré e pós-revolucionária, o novo espaço para exposições inaugurado em dezembro de 2017 recebe shows, performances, festivais e eventos”, lê-se no The Guardian.

Centro Guiliaróvski: Stolechnikov Pereúlok  Moscou, 9b 5 (estação de metrô Teatrálnaia), aberto diariamente, exceto às segundas-feiras, das 10h às 20h. Os ingressos custam 200 rublos (cerca de R$ 10). Site: mosmuseum.ru (link em russo).

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