Como é a comida étnica de rua da Rússia?

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A culinária exótica pelas ruas do país vai muito além do ‘shawarma’ árabe e do ‘chachlik’. Na Buriátia, o ‘khuuchuur’ vem em uma vara, enquanto na Kabardino-Balkaria você é praticamente obrigado a experimentar os ‘khitchins’ locais.

1. Etchpotchmak, no Tatarstão

O Tatarstão tem redes inteiras de fast food com todos os tipos de pratos nacionais. O “etchpotchmak” é uma torta triangular recheada com carne e batatas. Ele é um clássico da culinária tártara e tem uma forma perfeitamente adequada para comida de rua. Um parente próximo do “etchpotchmak” é o “elech”, uma torta redonda recheada de carne feita com massa de “smetana” (creme de leite azedo ou “sour cream”). Em vez de hambúrgueres, você deve experimentar no Tatarstão o “kistibi” local, um pão achatado enrolado ao meio com aveia ou batatas.

2. Khinkal e tchudu, no Daguestão

É difícil morrer de fome no Daguestão: cafés e praças de alimentação com cozinha tradicional caucasiana espreitam tentadoramente a cada passo. Uma das repúblicas com maior diversidade étnica da Rússia (mais de 30 povos nativos!), o Daguestão tem uma culinária local conhecida pela variedade. Para um lanche rápido, o “tchudu” é certeiro: um pão fino ou fofo com recheio de carne e verduras, passado na frigideira e untado com manteiga ou óleo.

O prato “mais daguestanês” de todos é o “khinkal”. Apesar de o nome ser semelhante ao do “khinkali” georgiano, a versão daguestanesa traz a massa cozida e a carne servidas separadamente. No próprio Daguestão as recietas variam: os povos avares os fazem com grandes pedaços de massa, os lak, com pequenas tiras, os kumik, enrolam a massa em losangos finos e os dargin a torcem em “caracóis” e, depois, cozinham no vapor. Basicamente, um passeio gastronômico pelos restaurantes do Daguestão é bem recomendado.

3. Khitchin, em Kabardino-Balkaria e Karatchai-Tcherkessia

Este prato vai fazer seu coração bater mais rápido — e seu cérebro esquecer qualquer dieta. Nas repúblicas vizinhas Kabardino-Balkaria e Karatchai-Tcherkessia, o rei da mesa é o “khitchin”, um pão achatado muito nutritivo com vários recheios. Ele é servido em restaurantes e quiosques de beira de estrada.

O “khitchin” da Kabardino-Balkaria é um pão achatado fino, enquanto o de Karatchai-Tcherkessia é feito de massa fofa com kefir ou leite. O recheio, em ambas as opções, é sempre generoso. O “khitchin” costuma ser preparado com batatas, ervas e carne, além de uma boa quantidade de coalhada. Também existe a variante doces, mais fina, com frutas vermelhas.

4. Khingalch com abóbora, na Tchetchênia

Em Grózni, é impossível sair ileso de uma praça de alimentação exalando o aroma de “khingalch” recém-assado. Ele é um pão sírio feito de farinha de trigo ou milho com recheio de abóbora e fatiado. A massa é muito fina, quase indelével, e o recheio é brilhante e suculento. Outro pão fino tchetcheno extremamente saboroso é o “tchepalgach”, recheado com requeijão e ervas, também servido fatiado.

5. Khuuchuur no espeto, Buriátia

Você definitivamente nunca experimentou nada igual! A comida de rua da Buriátia é composta por buuz frito (uma massa recheada que lembra o “khinkali” georgiano), hambúrgueres com pão tradicional cozido no vapor e “khuuchuur” no espeto. Este último é um pastelzinho frito de carne ou queijo. O espeto é para evitar dedos queimados ou sujos de óleo.

6. Perepetchi, na Udmúrtia

Nos parques de Ijévsk, capital da Udmúrtia, abundam fogões móveis a lenha sobre rodas, onde são assados “​​perepetchi”. Esses pasteizinhos em forma de cestinhas são feitos de massa de centeio ou trigo e levam um recheio farto: couve, carne moída, cebolinha, requeijão. O incomum nome é derivado da frase russa “pered petchkoi” (“na frente do fogão”), já que as tortinhas devem ser assadas em fogo forte para ficarem ainda mais gostosas. Também é feito nos fogões móveis o “tabani”, um tipo de pão sírio da Udmúrtia com molho que parece com o “oladichki” russo.

7. Changi, em Perm

Estas tortas abertas e redondas recheadas com batatas são tão comuns em qualquer cidade dos Urais quanto shawarma em Moscou, ou seja, estão literalmente em cada esquina. O “changi” é o prato mais famoso da culinária komi-permiak e lembra o “vatruchki” russo. É melhor consumi-los quentes com “smetana” (creme de leite azedo).

8. Tortas da Ossétia, na Ossétia do Norte-Alânia

Visitar a Ossétia do Norte e não provar as autênticas tortas da Ossétia é um crime gastronômico. Onde mais há tantas formas e recheios diferentes disponíveis? Por exemplo, o “fiddjini” é uma torta fechada com carne moída e caldo, e existe tanto na versão grande, como pequena. Depois, há o “ualibakh”, feito com queijo caseiro da Ossétia. Também se fazem tortas também com abóbora, batata e feijão, e cada uma tem seu nome, é claro. É difícil encontrar um estabelecimento nesta república do Cáucaso que não venda tortas da Ossétia.

9. Khuursn Makhn, na Calmíquia

A cozinha tradicional da Calmíquia é rica em carne e massa (as verduras nas estepes são consideradas bastante exóticas). O “huursn makhn” é um dos pratos favoritos nos cafés de Elista, capital da República da Calmúquia. Ele leva cordeiro ou carne bovina moída, e é frito com cebola e cenoura e servido com macarrão caseiro.

10. Boortsog, na Bachquíria

O “boortsog”, uma espécie de donut da Bachquíria, é adorado por todos. Essas tiras retangulares de massa são fritas em um caldeirão, mergulhadas em xarope de mel e empilhadas. Antigamente, era tradição a noiva prepará-lo para os pais do noivo no dia do casamento (o nome significa "parentes de sangue"). Mas, hoje em dia, ele não é servido apenas em ocasiões especiais. O “boortsog” tradicional é vendido em quase todas as padarias e confeitarias da Bachquíria.

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