Um dos pontos altos dos doces soviéticos é seu visual: a maioria deles eram verdadeiras obras de arte e o lendário bombom “míchka na siévere” (“urso no norte”) encabeçava a lista. Este era um dos docinhos mais populares dos tempos soviéticos, não só por causa do toque de amêndoas, mas também por sua embalagem icônica, com a imagem de um urso polar na vastidão do Ártico.
Eles foram criados em 1939, na véspera da Grande Guerra Patriótica (como se convencionou chamar a participação russa na Segunda Guerra Mundial), pela fábrica de chocolate de Leningrado em homenagem à esposa de Lênin, Nadêjda Krúpskaia. O "míchka na siévere" foi produzido mesmo durante o cerco de Leningrado, e continuou popular entre as gerações seguintes.
Assim, não é de admirar que as donas de casa soviéticas tenham criado uma receita de bolo inspirada no sabor dos doces míshka.
Este é um dos bolos soviéticos verdadeiramente caseiros: não há padrões de qualidade estatais ou uma receita única para fazê-lo. Cada dona de casa tinha sua fórmula própria para o bolo míchka: com uma base de suspiros, pão de ló clássico ou creme de manteiga.
Mas o mais disseminado é o feito com creme azedo: este é o principal ingrediente, usado tanto nas camadas, como no recheio. Apesar de não ter o sabor autêntico dos bombons míchka, sua marca registrada é o sabor de chocolate e nozes.
Mesmo eu, que não sou o fã número um de bolos amanteigados “pesados”, admito: este aqui tem a perfeita fusão de camadas leves de baunilha e chocolate e creme agridoce.
Ingredientes para as camadas:
300 g de farinha;
120 g de açúcar;
250 g de creme de leite azedo (smetana, também conhecido como sour cream);
50 g de manteiga;
2 colheres de sopa de cacau em pó;
½ colher de chá de bicarbonato de sódio;
1 colher de chá de açúcar ou extrato de baunilha;
1 pitada de sal.
Ingredientes para o creme:
150 g de açúcar confeiteiro;
600 g de creme de leite azedo;
Algumas nozes ou avelãs.
Modo de preparo:
2. Agora, divida a mistura em duas partes iguais e acrescente o cacau em pó em uma das metades – com isto, você terá uma base para a massa de baunilha e a de cacau.
3. Adicione metade da farinha peneirada na base de baunilha e outra metade na base de baunilha. A massa deve ficar macia e muito elástica, mas adicione mais farinha em ambas as metades da massa, se achar que ainda está muito líquida.
4. Você pode precisar de mais (ou menos) farinha dependendo do creme azedo que usar, mas o segredo é adicionar a menor quantidade de farinha possível - quanto menos farinha você usar, mais macias serão as camadas do bolo. Cada metade da massa deve ser dividida em três partes iguais para se fazer as camadas.
5. Com um rolo, abra camadas finas e redondas no papel manteiga. Fure levemente cada camada com um garfo e asse uma de cada vez a 200 graus Celsius por 5 a 7 minutos.
6. Retire a camada do forno e corte as bordas usando uma forma ou uma faca enquanto a massa ainda estiver quente.
7. Repita o processo e, quando todas as seis camadas estiverem prontas, deixe-as esfriar completamente. Em seguida, faça o creme.
8. Bata o creme azedo com o açúcar de confeiteiro e deixe o creme resultante descansar na geladeira por cerca de meia hora.
9. Não jogue fora as aparas das camadas de massa! Espalhe-as em uma assadeira e asse por 10 a 15 minutos a 120 graus Celsius para que fiquem crocantes.
10. Em seguida, bata em um processador de alimentos e reserve - as migalhas serão usadas na decoração.
11. Agora, monte o bolo com camadas de creme e massas de baunilha e cacau. Comece com duas colheres de sopa do creme, cubra com uma camada de massa cacau e, em seguida, cubra generosamente com creme e polvilhe com castanhas picadas (eu uso avelãs). Em seguida, cubra com uma camada de massa de baunilha, cubra novamente com o creme e polvilhe com castanhas.
12. Repita o processo até terminarem as camadas e, no final, cubra a superfície do bolo com o creme restante.
13. Para arrematar, decore o bolo: polvilhe o topo e a borda do bolo com as migalhas e castanhas picadas.
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