Destaques do Ártico russo na visão de um explorador polar

Pedras gigantescas em misterioso formato redondo, estações abandonada, ursos que não hibernam são algumas das curiosidades desta porção do mundo.
Aleksandr Obôimov, explorador que liderou várias expedições científicas ao Ártico.

“Desde minha infância, senti-me atraído pelo Ártico. A viagem é longa e complicada, desde a cidade de Arkhánguelsk até a península de Tchukotka [são 6,5 horas de viagem de avião e distância de 4.830 quilômetros]. Ao longo do caminho, passamos por ilhas desertas”, diz Aleksandr Obôimov, explorador que liderou diversas expedições científicas ao Ártico.

A Terra de Francisco José, também conhecida como ‘Pequeno Ártico russo’, é composta por 191 ilhas. As condições lá são muito difíceis. Cabe lembrar que até os anos 1920 esse território não pertencia a ninguém.

Obôimov já visitou todos os arquipélagos do Ártico russo, mas ainda não pisou em todas as 191 ilhas – um sonho que virou meta.

Em 1929, foi inaugurada a primeira estação polar científica russa na baía Tíkhaia. Na sequência, a Terra de Francisco José foi oficialmente reconhecida como parte do território russo.

A água ali é cristalina. No verão, as temperaturas variam entre 0ºC e – 1,4ºC.

Na época soviética, este era o local onde funcionava a estação de pesquisa. Havia também um destacamento de tropas baseado no aeroporto de gelo construído para eles.

Hoje, este território e a maioria das instalações estão abandonados. A única estação que ainda opera é o Observatório Ernst Krenkel, na ilha Kheis. As demais ilhas são visitadas apenas por grupos turísticos.

“Esta ilha se chama Champ. É bastante famosa por causa do mistério que a ronda. À primeira vista, a ilha não tem nada de especial. Porém, quando pisamos em seu solo, encontramos pedras enormes perfeitamente redondas. A sua origem ainda é discutida pelos cientistas”, conta Obôimov.

Na costa da ilha Champ.

Entre os animais que habitam a região estão ursos polares e morsas.

Os ursos polares têm uma grande diferença em relação aos ursos marrons: eles não hibernam no inverno. Em vez disso, os ursos polares machos caçam durante toda temporada fria.

Sol da meia-noite no Ártico.

“Durante a expedição visitamos muitos lugares e viajamos milhares de quilômetros. A Terra de Francisco José é especial. Qualquer um que vê esta terra maravilhosa, com formações que lembram as costas de um dragão, e baías incríveis se apaixona por ela para sempre.”

Essas espécies estão em perigo de extinção e são protegidas pelo governo.

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Já ouviu falar dos mirabolantes planos soviéticos de derreter o Ártico? Então clique aqui e descubra mais.

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