Como o enteado de Napoleão evitou milagrosamente o cativeiro russo?

Kira Lissítskaia (Foto: Vassíli Verescháguin/Museu de Guerra Patriótica de 1812; Domínio público)
Em suma, foi salvo pela língua russa.

Esta história aconteceu no outono de 1812, durante a retirada caótica do chamado Grande Exército francês da Rússia. O príncipe Eugênio de Beauharnais, filho da primeira esposa do imperador francês Napoleão Bonaparte, Josephine, comandava o 4º Corpo de Exército.

Em 16 de novembro, na batalha perto da aldeia Krasnoie, o comandante militar francês sofreu uma terrível derrota e acabou isolado das forças principais francesas com poucos soldados sobreviventes. À noite, Beauharnais tentou fugir com os soldados da armadilha.

Eugênio de Beauharnais, por François Gérard

O oficial do 4º Corpo, César Laugier de Bellecourt, escreveu: “Caminhamos sem fazer barulho, com muita cautela; passamos por campos, ravinas, terrenos cobertos de neve, deixando [para trás] à nossa esquerda o flanco esquerdo da linha de batalha russa, evitando luz e postos russos. Qualquer descuido poderia acabar com as forças que haviam sobrevivido à batalha.”

De repente, a lua saiu de trás das nuvens e dissipou a escuridão impenetrável. No mesmo momento, um guarda russo gritou: “Quem está vindo?”

Neste momento, o coronel polonês Kliski do corpo de Beauharnais interveio na tentativa de salvá-los — ele falava russo fluentemente.

‘Carga de Baioneta. Viva-Viva’foi criado em 1895 por Vassíli Verescháguin

Kliski correu até o guarda e respondeu calmamente: “Fique quieto, malandro, você não vê que somos do corpo de [general russo] Uvarov? Fomos designados para uma expedição secreta”.

O guarda não disse mais nada, e o príncipe Eugênio, milagrosamente salvo, logo alcançou as posições do exército francês com o restante de suas tropas.

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