1. Igualdade política e direito de voto
O primeiro decreto soviético “Sobre a formação de um governo de operários e camponeses” essencialmente igualou homens e mulheres em direitos políticos e no exercício do governo. A Rússia soviética se tornou um dos primeiros países do mundo onde as mulheres receberam o direito de voto e o direito de ser eleitas para órgãos governamentais. Logo após a revolução, Aleksandra Kollontai se tornou a primeira mulher ministra do mundo.
2. Igualdade de direitos sociais e de propriedade
Os bolcheviques limitaram a jornada de trabalho das mulheres a 8 horas, proibiram o trabalho das mulheres nos turnos noturnos e no trabalho clandestino, garantiram igualdade de direitos salariais, à posse de propriedades e terras. O casamento entre um homem e uma mulher passou a não ser eclesiástico, mas civil, e se tornou uma união de pessoas iguais; as mulheres deixaram de depender servilmente dos maridos.
3. Licença-maternidade
Os bolcheviques concederam às mães trabalhadoras licença-maternidade remunerada e o direito de retornar ao trabalho depois. Nos primeiros anos do poder soviético, esta era uma licença remunerada de oito semanas antes do parto e oito semanas após o nascimento. Além disso, as mães que amamentavam podiam trabalhar só seis horas por dia durante nove meses após o parto.
4. Ensino superior
Antes da revolução, as mulheres já podiam estudar nas escolas e até nas instituições de ensino superior, que, porém, eram pagas, acessíveis a poucos e tinham um sistema competitivo rigoroso. Em 1918, as mulheres receberam o direito de ingressar em universidades gratuitamente, nas mesmas condições que os homens.
5. Feminismo
Para ensinar às mulheres como usufruir dos novos direitos, em 1919, foi criado no Partido Comunista o Departamento para o Trabalho com as Mulheres, conhecido entre os soviéticos como Jenotdel. O objetivo era “operar em conjunto com as mulheres trabalhadoras, a fim de educá-las no espírito comunista e atraí-las para a construção socialista”, lê-se na Grande Enciclopédia Soviética. O Jenotdel foi responsável pela propagação do feminismo. Os bolcheviques queriam erradicar as ideias de que mulheres eram o “sexo frágil” e que deviam ficar em casa com os filhos, servindo os maridos na “escravidão da cozinha”. Leia mais sobre Jenotdel aqui.
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