Por que existe um Palácio Romanov no Uzbequistão?

Jamshid Nurkulov (CC BY-SA 4.0)
É impossível tirar os olhos dessa luxuosa mansão no centro de Tachkent — construída em estilo art nouveau, com torres elegantes e janelas esculpidas, parece uma caixa preciosa. E pertencia a um dos Romanov.

Este palácio foi construído para o grão-duque Nicolau Konstantinovitch, neto de Nicolau 1º, sobrinho de Alexandre 2º e primo de Alexandre 3º. Mas o parentesco só lhe trouxe problemas. 

O grão-duque Nicolau foi um dos melhores graduados da Academia do Estado-Maior e o primeiro dos Romanov a receber ensino superior. Mas ele se apaixonou pela dançarina norte-americana Fanny Lear. Embora na corte o romance não fosse aprovado, não era possível separá-los. Foi então que estourou um escândalo. Três diamantes desapareceram do ícone do casamento de seus pais — e as evidências apontavam para o grão-duque.

Ele foi oficialmente declarado “doente mental”, expulso da Rússia para sempre e excluído da família real. Fanny Lear também foi banida do país e proibida de retornar.

Em 1878, Nicolau Konstantinovitch foi exilado no Turquestão (como era chamado então o Uzbequistão). Em Tachkent (também grafada Tashkent), ele construiu uma fábrica de sabão e outra de algodão, abriu um estúdio fotográfico e construiu o primeiro cinema da cidade, além de um hospital para os pobres. Nicolau morava neste mesmo palácio, que foi construído para ele pelos arquitetos Wilhelm Heinzelman e Aleksêi Benois.

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