Durante a cerimônia, coroas de casamento em prata dourada, decoradas com pérolas, cruzes de diamantes e imagens esmaltadas de Santa Catarina e São Jorge, foram colocadas sobre as cabeças dos noivos. Reza a lenda, porém, de que essas coroas de casamento foram encomendadas pelo príncipe Grigóri Potemkin para o seu casamento com... a imperatriz Catarina 2ª.
Parecia que tudo estava contra esse casamento: no dia anterior, o amigo do poeta, Anton Delvig, morreu, e a cerimônia de casamento já não podia mais ser realizada na igreja onde foi originalmente planejada — por isso, foi necessário encontrar outro local com urgência. Já no dia do casamento, a futura sogra do poeta disse que o casamento não aconteceria, pois a noiva não tinha dinheiro para alugar uma carruagem que a levasse à igreja.
Ainda assim, o matrimônio ocorreu — embora acompanhado de maus presságios. A vela de casamento segurada por Púchkin se apagou. Os noivos ficaram tão entusiasmados que deixaram cair uma das alianças, e o poeta teve que pegá-la. Uma série de coincidências desagradáveis, segundo testemunhas, desestabilizaram brevemente Púchkin, mas, pouco depois, os noivos partiram para São Petersburgo e esqueceram-se dos presságios e superstições.
Em 1931, esta igreja foi fechada pelas autoridades soviéticas, e as coroas de casamento acabaram sendo transferidas para o Arsenal, onde ainda são mantidas. Você pode vê-las até 30 de junho de 2024, na exposição ‘Púchkin. 225’, em cartaz no Museu Estatal Púchkin de Belas Artes, em Moscou.
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