Nos países da Europa Ocidental, há uma tendência de olhar para os países por trás da Cortina de Ferro e agrupá-los. Mas a linha oficial em relação aos carros nacionais era muito diferente, por exemplo, na Hungria, na Polônia e na União Soviética. Na Hungria, as autoridades proibiram os carros de fabricação própria (e a situação não melhorou muito desde então), enquanto na Polônia e, sobretudo, na União Soviética, este movimento deu origem a centenas de criações interessantes, por vezes bizarras.
Um dos primeiros exemplos foi o Leningrado, projetado em 1956 pelo piloto de corrida soviético Arkádi Dimitriévitch Bábitch — que já havia montado seu primeiro veículo em 1952. Bábitch também ajudou a montar carros de corrida projetados por outros.
O Leningrado era movido por um motor de 3,5 litros e 90 cavalos emprestado de um sedã GAZ-12 ZIM, o que permitia ao veículo de dois assentos atingir uma velocidade máxima de 120 km/h. Segundo relatos da época, Bábitch fez o trecho Simferopol-Leningrado em 20 horas.
O modelo despertou a curiosidade dos noticiários russos.
Um dos Leningrados lançados naquela época sobrevive até os dias de hoje. Foi encontrado por um colecionador lituano em 2014, em estado deplorável.
Depois de um longo processo de restauração, reapareceu novo em folha no início de 2020.
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