Os ingleses não estavam tão dispostos quanto seus vizinhos do norte a se alistar a serviço da Rússia. Boas perspectivas também os aguardavam em casa. No entanto, alguns nativos da Grã-Bretanha deixaram uma marca proeminente na história russa. Por exemplo, o artista George Dawe, de Londres, pintou uma galeria de retratos de mais de 300 comandantes do Exército russo que lutaram contra Napoleão em 1812. Além dele, o oficial sênior da inteligência britânica Kim Philby tornou-se o agente soviético mais eficaz no Ocidente de todos os tempos. Você pode ler mais sobre ele e os outros ingleses que serviram nobremente a Rússia aqui.
A Revolução Francesa de 1789 espalhou mundo afora dezenas de milhares de oponentes da nova ordem. Um bom número deles se estabeleceu na Rússia, onde serviram sua nova pátria e até lutaram nas fileiras do Exército russo contra seus ex-compatriotas durante as Guerras Napoleônicas. A história se repetiu um século e meio depois, quando pilotos franceses, obrigados a deixar o país ocupado pelos alemães, se reuniram na URSS e ajudaram as tropas soviéticas a derrotar o inimigo comum. Leia mais.
Entre os espanhóis que se distinguiram em serviço à Rússia encontram-se o fundador de Odessa, José de Ribas, e o pretendente ao trono espanhol Jaime de Borbón, duque de Madri. Muitos nativos da Península Ibérica encontraram refúgio na União Soviética depois da derrota republicana na Guerra Civil de 1936-1939. Mas sua experiência de combate foi útil no Exército Vermelho quando, em 1941, a Segunda Guerra Mundial chegou à URSS. Você pode ler sobre todos esses indivíduos aqui.
Por séculos, os contatos entre a Rússia e Portugal, países situados nos extremos opostos da Europa, foram bastante limitados. Pode-se contar nos dedos da mão o número de portugueses que se distinguiram a serviço do tsar. No entanto, havia entre eles indivíduos realmente louváveis, como o ajudante-general Anton Manuílovitch Devier (António de Vieira), que se tornou um braço-direito de Pedro, o Grande e um dos estadistas mais influentes da Rússia no início do século 18. Você pode ler sobre ele aqui.
O número de alemães em serviço na Rússia sempre foi enorme. Isso se devia à proximidade geográfica dos principados alemães e também por consequência dos territórios bálticos — cuja considerável população de língua alemã passou a fazer parte da Rússia em 1721, após a Grande Guerra do Norte contra a Suécia. Na Rússia, os alemães se destacaram sobretudo nos campos da guerra e da política de Estado. Leia mais aqui.
Ao contrário de seus vizinhos do norte, os italianos viajavam para a distante Rússia principalmente para seguir carreira no campo cultural. Foi graças ao esforço de arquitetos italianos que, hoje, temos a possibilidade de admirar a beleza da Catedral da Dormição do Kremlin de Moscou e dos inúmeros palácios de São Petersburgo e arredores. Leia aqui sobre a contribuição para a cultura russa feita pelos arquitetos Aristotele Fioravanti, Bartolomeo Rastrelli e Carlo Rossi, bem como pelo compositor Giuseppe Sarti.
Em diferentes momentos da história, algumas personalidades dos EUA serviram a Rússia com lealdade: fosse o “pai da Marinha americana”, John Paul Jones; o jornalista John Reed, que está enterrado junto à muralha do Kremlin na Praça Vermelha; ou Joseph Beyrle, um militar da 101ª Divisão Aerotransportada do Exército dos EUA que teve a oportunidade única de lutar contra os alemães nas fileiras do Exército soviético. Leia mais.
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