A despedida de Oleg de seu cavalo. Ilustração para A Canção sobre o Profético Oleg, de Aleksandr Púchkin
Museu Estatal LiterárioNo final do século 9 e início do século 10, este príncipe governava Novgorod e as então terras de Kiev da Antiga Rus (sua figura é retratada na 6ª temporada de Vikings e interpretada pelo ator russo Danila Kozlovsky). Oleg era considerado um homem sábio e ganhou o apelido de Profeta, pois acreditava-se ser capaz de prever o futuro. Mas a única coisa que ele não poderia prever era sua própria morte.
Reza a lenda que o príncipe havia recebido a premonição de que morreria por obra de seu cavalo favorito. Oleg ordenou que o cavalo fosse exilado. Em alguns anos, o cavalo morreu e Oleg riu dos adivinhos. Foi então que ele decidiu visitar o ‘túmulo’ do cavalo. Assim que chegou à ossada, uma cobra deslizou para fora do crânio do cavalo e picou Oleg fatalmente.
A vingança da princesa Olga.
Serguêi EfôchkinOutra história épica retratada na ‘Crônica Primária’ versa sobre os antigos governantes russos. O príncipe Igor do século 10 havia sido morto enquanto cobrava impostos de tribos eslavas, então, sua esposa Olga decidiu se vingar. Ela foi até a tribo e sitiou sua cidade principal. Sem sucesso na tentativa de tomá-la, Olga ficou meio ardilosa.
Ela prometeu então que partiria com seu exército assim que a tribo lhe pagasse um pequeno imposto, ou melhor, desse um presente a ela: três pardais e três pombos por cada casa. Uma vez que os pássaros estavam sob sua posse, ela ordenou que um material inflamável fosse amarrado em suas pernas. À noite, ela soltou os pássaros e todos voltaram para suas casas de madeira com telhados de palha – fazendo a cidade inteira pegar fogo de uma só vez.
Pedro, o Grande, na Batalha de Poltava, Johann Tannauer
Museu Estatal RussoAo contrário do cavalo que matou o príncipe Oleg, a égua Lisetta salvou a vida de seu tutor. Pedro, o Grande, estava montado nela durante a Batalha de Poltava, na Guerra do Norte entre a Rússia e a Suécia. Quando os suecos começaram a atirar no imperador, Lisetta girou para o lado. As balas só conseguiram atingir sua sela e o chapéu do imperador.
Elefante real.
Museu-reserva Tsárskoie SelôOs tsares russos – de Ivan, o Terrível a Pedro, o Grande – possuíam elefantes... simplesmente para entretenimento. Nicolau 2º, conhecido por seu amor pelos animais, teve vários. Ele trouxe seu primeiro elefante de uma viagem à Ásia em 1891 e depois foi presenteado com outro oriundo da África. Este último teve uma vida longa e confortável em Tsárskoie Selô. O imperador adorava ver o elefante nadar em um lago da região e muitas vezes levava todos os seus filhos para assistir. O elefante foi morto durante a Revolução de 1917, apenas porque os bolcheviques o consideravam um símbolo da vida real e luxuosa.
Ivan Pavlov assistindo a experimento com cachorro, 1934.
Sovfoto/Getty ImagesO famoso cientista russo e vencedor do Prêmio Nobel, Ivan Pavlov, tinha vários cães para fazer experimentos. Graças a esses cães, Pavlov examinou os reflexos do corpo, e os dividiu em condicionados e incondicionados. Todas as vezes, antes de alimentar um cachorro, Pavlov acendia a lâmpada. Depois de um tempo, acendia a luz, mas não dava comida. Com isso, percebeu que o cachorro continuava salivando de qualquer maneira.
Gato em frente ao Museu Hermitage, em São Petersburgo.
Olga Máltseva/AFPOs gatos ainda habitam o museu Hermitage, em São Petersburgo, e são não apenas o seu símbolo – mas também uma atração extra. Os bichanos são, inclusive, celebrados no Dia do Gato do Hermitage, quando todos os olhos ficam voltados para eles.
Eles não andam pelos corredores da galeria, mas vivem nos porões, caçando camundongos e ratos desde 1745. Na época, a imperatriz Elizabeth ordenou que “37 gatos grandes e temíveis” lutassem contra roedores no porão de seu Palácio de Inverno (onde agora fica o Hermitage), porque nenhum produto químico seria capaz de fazer o trabalho dos gatos.
Durante o cerco de Leningrado e a grande fome, não havia mais gatos na cidade, e os ratos a invadiram, trazendo perigo não só para o Hermitage, mas para todos os cidadãos, devido a doenças transmitidas pelos roedores. Para se ter ideia, cinco mil gatos acabaram sendo doados da Sibéria para Leningrado – e os descendentes deles ainda vivem no Hermitage.
Cães espaciais soviéticos Strelka (esq.) e Belka, 1960
Bettmann/Getty ImagesAntes de Iúri Gagarin se tornar o primeiro homem no espaço, após seu histórico voo em 12 de abril de 1961, vários cães corajosos testaram a capacidade de uma criatura viva de realmente voar a bordo de um foguete e permanecer em gravidade zero. Infelizmente, nem todos voltaram vivos para a Terra, sacrificados pelo progresso da ciência.
No entanto, os cães Belka e Strelka se tornaram os primeiros animais a realizar um voo espacial bem-sucedido. A bordo da espaçonave Sputnik 5, passaram 25 horas no espaço e fizeram 17 rotações ao redor da Terra antes de retornar. Jacqueline Kennedy até pediu um dos filhotes de Strelka, a quem deu o nome de Puchinka e morava na Casa Branca.
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