Durante a guerra, os soldados passavam vários dias no campo de batalha, em combates de dia e a noite e sem jamais baixar a guarda. Isso também se aplicava aos tanquistas, que em determinados momentos dos conflitos eram obrigados a ficar vários dias dentro de seus tanques, fizesse calor ou frio lá fora.
Os tanques modernos possuem um pequeno aquecedor, de modo que a temperatura interna seja adequada mesmo quando faz frio fora. Mas algo bem diferente acontecia com o T-34. Ninguém se perguntou se estaria ou não frio dentro do tanque: na época, a questão mais importante era o quão eficiente este veículo era em combate.
Por isso, o T-34 não estava equipado com aquecimento. Os ex-tripulantes atestam que fazia tanto frio dentro quanto em um freezer – afinal, o tanque era de construção metálica, e o metal aumenta o “efeito refrigerador” quando em baixas temperaturas.
É verdade que o motor liberava uma certa quantidade de calor, bem como gases de escape durante a ignição. Mas nada disso afetava muito a temperatura do tanque. Os tanquistas tinham que vestir várias camadas de roupas para se aquecer. E isso não era tudo: os assentos do T-34 eram desconfortáveis, muito duros e sem braços.
Os tanquistas se acomodavam como possível e até conseguiam adormecer no tanque às vezes. Segundo um veterano de guerra, era comum “dormir sentado”.
Para minimizar o problema, criou-se um sistema para aquecer o interior do tanque. À noite, o veículo parava em algum lugar, onde faziam um buraco e uma fogueira; o tanque era colocado por cima da vala. Além disso, eles eram cobertos com uma lona.
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